Capitulo 6 - Cara ou coroa? - Dul
- parte 1
Dul: O que faz
aqui? –Perguntei realmente curiosa. Eu sabia que Any e Ucker se conheciam, mas
não ao ponto de ele visitá-la. E bem no meio dessa Algazarra.
Ucker:
Acreditaria se eu dissesse que vim atrás de você. –Ele coroou a frase com um
sorriso lindo que por um momento esqueci como respirar.
Dul: Incrível
mas sim. –Nota o convencimento na minha voz. Eu num me caio em mim de tanta
felicidade.
Ucker: Por que
não vamos pra um lugar mais... Calmo. –Demorou!
Concordei com
um aceno de cabeça, descemos pra rua e na frente do prédio estava estacionado
um carro que eu não tinha nem palavras pra descrevê-lo.
Dul: Que carro
é esse? –Perguntei olhando pro possante vermelho.
Ucker: É um
Porsche Boxster. –Ele deu de ombros, como se não fosse nada de mais dirigir um
carro cujo valor era o triplo do meu salário anual.
Ele dirigiu em
silencio, eu não sabia pra onde estávamos indo, mas a verdade é que isso nem me
importava. Porque seja lá pra onde formos eu tinha absoluta certeza de como
essa noite ia acabar. Ucker me levou a seu apartamento; uma cobertura luxuosa
no bairro nobre da cidade.
Dul: Se você
tem isso. –Gesticulei para o apartamento. –Por que você é sócio de um sex shop?
Ucker: Hobby.
Ele se afastou
e foi em direção do bar, preparar um drinque eu me sentei no sofá e fiquei
observando ele.
Dul: É verdade
o que Any me falou... Sobre você? –Eu tinha que perguntar, não podia entrar de
cabeça em um jogo sem conhecer as regras.
Ele se virou
pra mim com um sorriso estampado no rosto, me entregou a bebida e
ficou em pé a minha frente.
Ucker: Isso
depende. O que foi que ela disse?
Dul: Ah... Você
sabe... –Eu hesitei de repente isso me parecia mais idiota do que quando Any me
disse. –Chicote... Couro preto... Amarrada na Cama. –Eu sabia isso saiu bem
mais idiota na minha voz.
E seu sorriso
se transformou em uma gargalhada. Pude sentir meu rosto vermelho de vergonha,
por que eu tinha que dar ouvido a Any? Ela vivia me chamando de “desbocada”,
mas na minha opinião ela era pior do que eu.
Ucker: Any
exagerou um pouco.
Dul: Nada de
chicote?
Ucker: Não,
Claro a não ser que você queira. –Não obrigada.
Ucker: Dul, se
você está com medo...
Dul: Não! –Eu o
interrompi. Rápido de mais. Ele sorriu compreendendo.
Ucker: Vamos
fazer uma aposta.
Dul: Que tipo
de aposta? –Eu não muita sorte com essas coisas, por isso hesitei.
Ucker: Do tipo
que você não pode perder. –Ele estendeu a mão para mim e eu a segurei. Me
levantei do sofá. E ficamos bem próximos um do outro.
Dul: Não existe
aposta impossível de perder.
Ele se
aproximou mais de modo que nossos narizes quase se tocasse.
Ucker: Você
nunca jogou comigo, Dulce Maria. O segredo para que eu vença é que faço minhas
próprias regras. Agora, está disposta a aceitar o desafio e jogar comigo, ou
devemos fazer da maneira previsível?
Dul: Nunca me
chamaram de previsível. –Me ergui pra beijá-lo, mas ele se afastou e me levou
pra seu quarto.
Ucker: Já ouviu
falar de 24/7?
Dul: É uma
abreviação pra “24 horas por dia e 7 dias por semana”, mas isso o que tem a
ver?
Ucker: É um
jogo.
Ele foi até o
criado mudo do lado da cama e pegou algo La de dentro. Eu fiquei parada no
mesmo lugar que ele me deixou. Exatamente no meio do quarto. Eu não era nenhuma
virgem em sua primeira vez, mas essa experiência era completamente nova pra
mim. Ele se aproximou de mim ainda segurando algo na mão.
Ucker: 24/7 é
um termo usado no meio SM para designar as relações de servidão, submissão,
dominação e/ou escravidão entre parceiros, vinte e quatro horas por dias sete
dias por semana. –Wou! Pesado.
Dul: Deixa eu
adivinhar, eu seria a escrava e você o mestre?
Ucker: Na verdade
eu sou mais justo. –Ele abriu o saquinho que tinha tirado de dentro do criado
mudo e o virou na mão.
Dul: Vamos
tirar a sorte na moeda?
Ucker brindou
com a moeda ainda não mão dele, acariciado-lhe a pele sensível.
Ucker: É algo
justo considerando a lei da probabilidade.
Eu peguei a
moeda e vi que ela não era nada convencional. De um lado da moeda, a imagem da
mão de um homem acariciando o bumbum de uma mulher estava gravado em ouro. Do
outro lado, um pênis ereto
prestes a penetrar uma mulher.
Ucker: Para
nossos objetivos, proponho que primeiro joguemos a moeda pra determinar quem
faz o papel de escravo no nosso cenário de hoje. Peço cara.
Dul: Certo, eu
sou cara.
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