sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


ஐღ Any, anjo de cristal parte XI ღஐ


Os meses foram se passando, mas a polícia não encontrou o assassino era como se ele tivesse sido tragado pela terra. As coisas se normalizaram na empresa e any foi promovida a assistente de Rodrigo. Ela havia perdido o contanto com Dulce já tinha alguns meses e estava muito preocupa, quando o telefone toca.
Any: alô
Ucker: any sou eu ucker, como você esta?
Any: muito bem e com vocês? Já tem tempo que não nos falamos, não aconteceu nada não é?
Ucker: não ta tudo bem. A Dulce ta aqui do meu lado, agente ta no hospital.
Any: como assim no hospital! Ucker você disse que estava tudo bem e agora fala que estão no hospital! O que aconteceu?!
Ucker: calma any ta tudo bem, espere que eu vou passar pra Dulce que ela ta pedindo pra falar com você.
Dulce: any minha irmãzinha! Que dizer priminha, ainda não me acostumei com isso. –Dulce chorava muito, mas de emoção.
Any: você sempre será minha irmãzinha mesmo que seja de coração. –any também já soltava umas lágrimas que rolavam por sua face. –mas como você esta? Ucker disse que vocês estão no hospital.
Dulce: é. Num é maravilhoso! Any eu to grávida... Não queria contar até ter certeza, mas eu estou vendo ele agora, é um menino.
Any: ai eu nem acredito que vou ser tia! Fico muito feliz por vocês, mas agora eu tenho que desligar. Pode ser?
Dulce: tudo bem... Depois agente se fala.
Any depois que fora promovida comprara um apartamento, não era grande, mas era o suficiente pra uma pessoa. Ao fim do expediente ela foi pra casa, quando ela entrou em teve uma grande surpresa.
Any: poncho!
Ele estava sentado no sofá vendo TV, quando a viu correu para dar-lhe um abraço.
Poncho: any meu amor! –ele a abraçou fortemente.
Any: como você entrou aqui?
Poncho: bebê isso agora não é importante, vem aqui. –puxando-a e juntando o corpo dela ao seu. –estava com saudades de você.
Any: não poncho! –ela se afasta dele bruscamente e fala alteradamente. –você pensa que é assim? Que é sempre quando você quer, e a hora que quiser! Pensa que uma carta resolve tudo! Pois não resolve! –ela não agüenta e se põe em prantos desabando no sofá. –eu te esperei por semanas! E não recebi nenhuma noticia sua! Nada!
Poncho: não anjinho não fala isso... –ele se ajoelha em frente a ela e segura em seu rosto. –por favor, any, você é a única coisa de importante que eu tenho nessa vida. –ele começa a beijá-la por todo o seu rosto descendo para o pescoço. –não me tire da sua vida.
Any: não faz isso, por favor... –ela sentia que estava se rendendo aos encantos daquele homem.

Poncho a leva até o quarto. Era difícil de acreditar ele arrancara toda a raiva e tristeza que ela sentia com uma facilidade que a assustara. Às duas da manhã poncho desperta e a ver dormindo aconchegada em seu peito, com muito cuidado ele se afasta, veste suas roupas que faziam uma trilha da sala ao quarto. E sai com cuidado pra não acordá-la. Logo cedo any acorda e percebe que ele havia ido embora, ela se encolhe na cama, assumindo a posição fetal e começa a chorar. Minutos depois ela escuta um barulho na porta e corre até a sala e quando vê que era poncho, que ele não a havia abandonado. Ela o abraça fortemente e ainda chorava bastante.
Any: meu amor...
Poncho: bebê o que houve? Por que está chorando?
Any: pensei que tinha me abandonado de novo. –ela ainda estava em prantos.
Poncho: meu amor, eu jamais vou te abandonar, a qualquer lugar que eu for; você estará sempre aqui. –levando a mão dela e a colocando em seu coração.
Any: e onde você foi?
Poncho: fui comprar o café da manhã. –levantando as sacolas que estava segurando, que só agora any as havia visto. –queria lhe fazer uma surpresa, mas... Melhor, por que você não vai se vestir, enquanto eu preparo tudo.
Em pouco tempo any já estava na cozinha vendo Poncho preparar tudo.
Any: poncho. –falando seriamente. –por que você voltou? Digo... Não foi por mim não é? –com os olhos marejados. –foi por causa desse seu emprego que você nunca fala nada.
Poncho: não meu anjinho é claro que eu voltei por você. –se aproximando para abraçá-la, mas ela o rechaça.
Any: não me toque! Eu não sou mais aquela garotinha que você conheceu! Por que não para de me tratar como se eu fosse um adorno de cristal em uma prateleira que você guarda pra proteger e que só vai olhar quando têm vontade.
Poncho: do que você ta falando? O que deu em você?
Any: pensa que eu não vi quando você saiu? Eram duas da manhã! Não têm nenhuma loja aberta nesse horário!
Poncho: já chega! –ele caminha em direção a saída. –vou sair, não quero brigar com você, mais tarde eu apareço.
Any saiu pra empresa ainda estava com os olhos inchados de tanto chorar.
Rodrigo: any algum problema?
Any: não ta tudo bem. –tentando disfarçar a enorme dor que sentia. –foi só uma noite mal dormida; mas você não me parece bem.
Rodrigo: tentaram invadir minha casa ontem.
Any: alguém se feriu?
Rodrigo: não, por sorte já haviam me avisado que ele iria e eu estava preparado, mas o desgraçado fugiu.
Any: mas, você sabe quem é?
Rodrigo: ainda não, nesse momento estão verificando as câmeras de segurança.
Any: bom... Eu vou pra minha sala, boa sorte com o invasor.
Rodrigo: obrigado. “any um dia você ainda será minha”.
Perto do final do expediente poncho apareceu na empresa, any o recebeu em sua sala, mas ainda estava chateada com ele.
Poncho: any não quero ficar assim com você.
Any: então é por isso que você não foi embora? Por isso você não correu pra aquele seu empreguinho misterioso!
Poncho: ah! Então é por isso, ta legal! O que você quer saber? Eu conto! Mas aqui não, vamos para o seu apartamento.
Rodrigo estava em seu escritório quando recebe uma chamada de seu chefe da segurança avisando que tinham uma foto do invasor, ele manda que a enviem por e-mail e ao ver a foto.
Rodrigo: não pode ser!

Ele se assustou com o que viu, seu melhor amigo do colégio, poncho, estava tentando matá-lo. Saiu de sua sala furioso, quando se depara com poncho e any juntos.
Rodrigo: vocês... Estão juntos? –ele perguntou torcendo pra que a resposta fosse não. Any ficou sem ação, sabia que Rodrigo sentia algo por ela, mesmo que fosse desejo, ela percebeu que ele não gostou de vê-los juntos.
Poncho: bom agente tenta. Mas e ai como é que você ta?
Rodrigo: não muito bem, ontem invadiram minha casa. –ele intercalava o olhar entre any e poncho parecia que queria fuzilá-los. Ele não esperou que eles falassem mais nada e saiu.
Quando eles chegaram ao apartamento any prontamente o interrogou.
Any: pode começar eu estou ouvindo.
Poncho: o que você quer saber? –ele respirou profundamente e sentou-se no sofá ao lado dela.
Any: em que você trabalha?
Poncho: não é tão simples falar disso como você pensa.
Any: e por que não, digo, é só um emprego.
Poncho: tenho medo de sua reação... Medo... De te perder. –any segura em seu rosto e o olha nos olhos.
Any: você nunca vai me perder, ouviu bem Alfonso Herrera, eu sou sua de corpo e alma e nada, escute nada do que você me disser mudara isso.
Poncho: acontece que eu... Sou um assassino de aluguel. –ele esperou a reação de any, mas ela não se moveu, não expressou nenhuma reação. –por favor, fale alguma coisa por que seu silencio é pior do que tudo.
Any: como você se meteu nisso? –com os olhos cheios de lagrimas. Poncho se levantou, passando a mão nos cabelos.
Poncho: negócios de família, meu avô começou com isso, seguido de meu pai e agora eu...
Any: e quem você veio matar dessa vez?
Poncho: Seu chefe... –any o olhou, aterrorizada ele percebeu e logo voltou a falar de novo. –ele fez muitos inimigos, é o chefe da máfia aqui do México, ele vende ópio sabia que ele sozinho detém a maioria do mercado nos EUA.
Any: já chega! Não quero mais falar disso. –agora as lagrimas desciam por seu rosto, ela abaixou a cabeça, não queria vê-lo, queria recuperar-se, permaneceu assim por alguns minutos, poncho nada fez, sabia que ela precisa desse tempo. Ela secou as lagrimas que insistiam em descer, levantou-se e foi em direção a ele. –o que eu disse não mudou, serei sempre sua, mas se você me ama, deixe essa vida, por que não quero conviver com um assassino.
Poncho: se é o que você quer, assim eu farei. –ele beijou a testa dela e continuou. –o que nós vamos jantar? Eu to com fome. –any riu da drástica mudança de assunto.
Any: porque você não vai naquela lanchonete comprar alguma coisa pra comermos, to com vontade de comer besteiras.
Poncho: ah! E porque eu?
Any: e porque não você?
Poncho: tudo bem, o que você quer?
Any: trás qualquer coisa.
Poncho: vou indo. –dando um rápido selinho nela.
Ele comprou dois hambúrgueres, e quando ia entrando no apartamento viu que a porta estava forçada, ele entrou rapidamente e encontrou a casa intacta, mas silenciosa de mais, ele se desesperou por any, ela não estava lá. Ele vê um recado na secretaria eletrônica.
“-fala ponchito! Eu vi quando você saiu como tem coragem de deixar uma coisinha tão pequenininha sozinha em casa? Por isso eu tomei a liberdade de digamos guardá-la pra você. Não se zangue brother. Eu fiquei sabendo que você quer me matar, então eu tinha que fazer a minha ‘apólice de seguros’. Não se preocupe logo entrarei em contato. Te cuida brother.”
Poncho: DESGRAÇADO!

Any acorda ainda muito aturdida, sentia uma forte enxaqueca. Estava deitada em uma cama, não tinha forças para se levantar, percebeu que seus pulsos estavam algemados a cama e sua boca estava tampada por uma fita adesiva. Ela escuta vozes ao fundo, ainda estava tonta, mal conseguia enxergar um palmo a sua frente, quando viu que um dos homens que estava falando vira que ela havia acordado e caminha em sua direção. Ela tentou focar a vista para vê-lo, e logo reconhece Rodrigo, com aquele riso, sempre sarcástico.
Rodrigo: finalmente acordou bela adormecida. –estava com as mãos no bolso, mas não estava com a aparecia de sempre, parecia que não dormia há dias. –não sabe quantas noites sonhei em ver-la assim, deitada em minha cama, claro que em meu sonho você estava por vontade própria. Gostou das suas novas acomodações? –Rodrigo ainda estava se vangloriando quando o homem que ele conversava a pouco se aproximou.
Capanga: chefe o que a garota vai comer?
Rodrigo: hoje, nada. Quero que a deixe a pão e água, se acaso Alfonso aparecer aqui de surpresa, não quero que ela tenha condições de fugir. Você entendeu?
Capanga: sim senhor.
Rodrigo: agora eu vou embora, preciso dormir, e cuidado.
O dia amanheceu e poncho não sabia o que fazer, estava com as mãos atadas mediante a Rodrigo, o desgraçado conseguiu antigi-lo em seu único ponto fraco. Ele achava que tudo não podia ficar pior, até que a campainha.
Poncho: Dulce, ucker o que fazem aqui?
Dulce: poncho? Agente é que te pergunta. –Dulce e ucker entram no apartamento. –cadê a any? Eu to com muita saudade dela.
Poncho: nossa Dulce você ta grávida! Meus parabéns, ta com quantos meses? –ele queria adiar ao Maximo o inevitável, dar a noticia que any havia ser seqüestrada.
Dulce: sete, mas cadê a... –poncho a interrompe rapidamente.
Poncho: mas o que vocês estão fazendo por aqui? Pensei que você estava trabalhando La em Nova York. –dirigindo-se para ucker. –alias você trabalha de que em?
Ucker: eu sou policial, me transferiram pra Ca, pra investigar um assassinato que a vista da policia daqui foi um crime perfeito, não se você soube um que ocorreu na casa do milionário Rodrigo Ruiz. –ele falou com desinteresse, queria saber onde estava any, e por que poncho estava com todos esses rodeios.
Dulce: ai poncho o que ta acontecendo? Por que você não quer dizer onde esta a any?
Poncho: bom... È que isso é um assunto delicado...
Dulce: então fala logo!
Poncho: a any ela... Foi seqüestrada.
Dulce: o que!
Ucker: agente tem que chamar a policia...
Poncho: não! Nada de policia! Eles não querem a any, querem a mim, ficaram de me contatar, mas ate agora nada.
Dois dias se passaram sem que eles tivessem noticias do que estava acontecendo com any. Ate que o telefone de poncho toca.
Poncho: Rodrigo desgraçado! Onde esta a any?!
Rodrigo: o que é isso brother pra que a agressividade? Caladinho que eu vou dizer onde a sua namorada esta. E não preciso dizer que é pra vir sozinho, você já deve saber disso.
Poncho pegou um bloco de notas e anotou a direção, arrancou a folha e saiu correndo. Ucker que havia escutado com quem poncho falava, estava decidido a ajudá-lo, mas sabia que poncho não iria deixá-lo ir também, pegou o bloco de anotações e viu que poncho havia escrito com muita força, com dificuldade ele decifrou o endereço e foi ate a delegacia em que ele trabalhava.
Poncho que já havia chegado ao local olhava todo o movimento, esperando o melhor momento para entrar, mas sem querer ele derruba algumas latas que estavam jogadas La perto, e Rodrigo escuta. Este caminha em direção a any com uma arma na mão, e aponta para a cabeça dela.
Rodrigo: eu sei que você esta ai brother! Apareça! Ou sua namorada vai ficar igual a um queijo suíço, cheia de buraquinhos! –ele ria freneticamente pressionando a arma cada vez mais na cabeça de any.

Poncho: para Rodrigo! Eu to aqui! –poncho entrou com as mãos erguidas para mostrar que não estava armado.
Rodrigo: brother demorou. –ele vira-se para o capanga que estava perto dele. –amarre-o.
O lugar onde estavam era um antigo celeiro havia corrente por todos os lados, inclusive no teto. Havia apenas uma cama e uma mesa com dois banquinhos de moveis no lugar. Amarraram poncho perto de onde any estava ele se desesperou ao vê-la quase que inconsciente, tinha marcas por todo o corpo, sentiu ódio ao saber que haviam batido nela.
Rodrigo: a mais de um ano eu espero pra possuir a any, a tive por dois dias em minhas mãos, mas não. Decidi esperar já que esperei por tanto tempo, o que custava esperar mais alguns dias não é mesmo? Por que machucar somente ela se posso te ferir também.
Poncho: não se atreva a fazer nada com ela!
Rodrigo: poncho, meu amigo, só não te mato agora porque quero que sofra até o ultimo suspiro. Não se esqueça que esse jogo não fui eu quem começou! Você! –apontando a arma pra ele. –é quem traiu a nossa amizade por dinheiro!
Poncho: você nunca me quis como amigo! Queria-me como um seguidor.
Rodrigo: hum... Meros detalhes. Agora vamos ao que importa. –virando-se para any. Ele arranca com força a fita que atinha a boca dela. Fazendo a gemer de dor. –não sabe quanto tempo eu esperei por isso minha cara. –ela percorreu a arma por todo o seu corpo.
Poncho: juro que se você tocar nela eu te mato!
Ucker ainda tentava conseguir um mandato e a aprovação de um grupo de busca no local onde supostamente any estava. Mas o delegado ainda achava as suspeitas dele sem fundamento, aquele celeiro ficava em uma fazenda, era de propriedade de Rodrigo Ruiz, ninguém menos que um dos empresários mais influentes do México.
Ucker: senhor eu lhe garanto, tenho fortes suspeitas que ele esta envolvido no seqüestro. –ucker protestava com indignação, já estava desesperado sabia que não havia tempo a perder.
Capitão: detetive o melhor que se deve fazer, é ignorar tudo isso. Não mexa com essa gente. –o capitão mantinha a mesma calma de antes de ucker vir falar com ele, isso já o estava deixando louco, pois ele estava a ponto de explodir.
Ucker: eu não acredito nisso! Vidas inocentes estão correndo perigo e o senhor quer que eu ignore!
Capitão: preste bem atenção detetive, para sobreviver nesse mundo, você tem que aprender a fazer vista grossa.
Ucker: pois tudo bem irei La sem mandato e levarei três homens comigo! Tente me impedir e eu farei uma denuncia contra o senhor e tenho certeza que se revirarem seu passado, vão encontrar muito mais que simples medalhas. –ucker já ia saindo da sala quando o capitão o chamou.
Capitão: espere... Terá seu mandato. Mas logo te aviso Rodrigo Ruiz é como uma enguia, perigosa e escorregadia, se não conseguir pega-lo em flagrante ele te metera tantos processos que até seus netos precisarão de advogados. E que fique bem claro, eu lavo minhas mãos, sobre esse assunto.

Poncho: olha pra mim any! –ele gritava desesperadamente ao ver-se impotente por não conseguir ajudá-la. –olha pra any! Se refugie em outro canto! –mas tudo que ele ouvia, era o que mais lhe partia a alma.
Any: para... Por favor! Ta me machucando! –any já não tinha mais forças para lutar, estava algemada, e por causa do esforço que fizera pra se libertar de Rodrigo seus pulsos ardiam, sentia que escorria sangue por seus braços, estava muito debilitada há três dias só comera um pão e dois copos de água, já não conseguia mais gritar, todo seu corpo estava dolorido, a haviam espancado muito e agora isso, veio em sua mente, a trágica noite que passara com ucker, por que agora seu passado voltava para atormentá-la, agora que já havia superado tudo.
Rodrigo olhou poncho friamente e sem emoção no rosto, fechou o zíper da calça e saiu. Poncho agora olhava any, tudo aquilo era sua culpa, ele pensava, culpava-se pelo que acontecera any e jamais se perdoaria por isso. Any virou o rosto e o olhou nos olhos, não tinha forças pra falar ou se tinha, não havia nada o que se dizer. Rodrigo volta dessa vez segurando uma seringa e um frasco com um líquido incolor.
Poncho: o que você vai fazer?!
Ele o ignorou, nem sequer o olhou, dirigiu-se para any, estava preparando a seringa quando any, com muita dificuldade falou.
Any: o que... È isso?
Rodrigo: isso minha queria da any... –ele preparou a injeção para aplicá-la na coxa dela. –é a porta do inferno. –dizendo enquanto lhe perfurava a pele. Any sentiu-se sonolenta, parecia estar fora da realidade, seus batimentos cardíacos e sua respiração aceleraram, causando-lhe uma sensação de calor. Logo as dores sumiram e ela sentiu-se eufórica e confortável. Ao ver os sintomas poncho se mortificou.
Poncho: canalha! Você a drogou! Deu-lhe heroína! –Rodrigo ri com entusiasmo.
Rodrigo: e tudo isso eu tenho que agradecer a você, pensa que eu não sei que quem matou o Julio na noite da minha festa foi você. Muito inteligente poncho drogar-lo com uma alta quantidade de heroína, já que ele nunca se picou você queria provocar-lhe uma overdose e explodir seu coração. –ele continuou a rir freneticamente. –mas o cara descobriu tudo antes do efeito e ficou furioso, o que presumo eu produziu adrenalina o antídoto da heroína. Você não esperava por isso não é brother? Nunca vi um cara tão sortudo ou tão azarado como o Julio. Resiste ao infarto inicial, tem a maior viagem da vida, chega ate a gozar nas calças. –ele secava a lagrimas que desciam em conseqüência do riso que insistia em vir. –depois a mente embolou e o coração parou. Devo admitir que foi um crime perfeito, brilhante! Confesso que vendo heroína há anos e jamais havia pensado em matar dessa maneira, sabe gastar a mercadoria, mas quando eu vi você fazendo pelas câmeras de segurança, confesso que fiquei tentado.
Ucker chega ao local com mais três viaturas e logo rendem os dois capangas que guardavam a entrada do celeiro, eles entraram rapidamente no local e viram any e poncho acorrentados e Rodrigo rindo, como se estivesse em uma conversa entre amigos, ele empunhava a arma e ao ver que estava cercado de policial ele segura poncho pelo pescoço e o usa como escudo.
Ucker: renda-se Rodrigo! Você não tem saída!
Rodrigo: dêem mais um passo e eu estouro os miolos dele!

Ucker: calma Rodrigo! Não piore mais a sua situação, é melhor você se render enquanto não há nenhuma morte!
Rodrigo: eu to avisando brother! Agora vocês se afastem que vou me mandar daqui, e vou levar nosso amiguinho... Só por precaução.
Ucker mandou que todos se afastassem e Rodrigo saiu do celeiro usando poncho como escudo, entrou em seu carro e saiu em disparada, ucker saiu logo atrás dele. Alfonso ia dirigindo enquanto Rodrigo ia ao banco do carona apontando-lhe a arma na cabeça e dizendo para onde seguir. Eles estavam indo muito rápido, Rodrigo estava nervoso, pois ucker estava em seu encalço. Logo já havia helicópteros sobrevoando o local.
Rodrigo: anda brother! Mais rápido!
Poncho: você não que estou indo o mais rápido que posso! –eles se aproximaram de uma bifurcação na estrada.
Rodrigo: à esquerda! –poncho não deu sinal de que ia virar e segui reto, indo em direção ao barranco, ele afundou os pés no acelerador. –seu idiota vai nos matar!
Poncho: essa é a intenção! –quando estavam perto da beirada, poncho tentou abrir a porta a para saltar mais foi impedido por Rodrigo que o segurou pela camisa.
Rodrigo: não! Você vai comigo!
Ucker os seguia logo atrás, estranhou, pois ao invés do carro escolher uma direção seguia em linha reta, ignorando completamente a ribanceira que se seguia.
Ucker: por que eles não dobram? –se indagou. Ele viu que o carro aumentava a velocidade. Quando ele de uma vez quebrou as barras de proteção da estrada e mergulhou ante o a ribanceira. –NÃO!
Ele aproximou rapidamente do local, o carro havia capotado e Rodrigo ficara pendurado pelo cinto estava consciente, mas muito ferido e como em um flash o carro explodiu. Escutaram-se os gritos de agonia por uns segundos, enquanto seu corpo era consumido pelas chamas. Ucker permaneceu inerte no local, não vira poncho sair do carro ele estava sem reação quando um soldado aproximou-se dele.
Soldado: senhor e o refém?
Ucker: ele... Ele... –ucker não conseguia falar, um nó em sua garganta o impedia. Custava-lhe acreditar que aquilo era verdade.

bradou uma voz de longe. Todos se viraram e seguiram em direção a voz. Poncho estava desacordado, havia batido a cabeça em uma pedra e um pedaço de madeira cravava-lhe a perna. Ucker mandou que o levassem imediatamente para o hospital.
Ao chegar La ucker já encontrou Dulce na sala de espera.
Dulce: ai graças a deus você esta bem! Ligaram-me da delegacia e me informaram que encaminharam any pra aqui. Eles não me dão nenhuma noticia. –ela o abraça fortemente.
Ucker: fica calma dul por favor, isso não é bom pro bebê. –ele tentava tranqüilizar-la, mas sabia que era inútil.
Dulce: mas eu não consigo. –ela falava em meio ao pranto. –como é que esta o poncho?
Ucker: ele sofreu um pequeno acidente, mas vai ficar bem, mas e a any como esta?
Dulce: mal... Nem se quer me deixam vê-la.
Ucker: eu vou falar com os médicos, fica aqui.
Horas depois foi permitida a entrada de visitas no quarto de any, mas apenas uma pessoa por vez, Dulce pediu pra ser a primeira. Ela entrou lentamente no quarto, com os olhos lacrimejados, queria segurar o choro, mas não conseguia, era horrível ver sua Irmã em uma cama de hospital.
Dul: oi maninha...
Any: dul... Você veio.
Dulce: claro any, como você ta?
Any: dolorida. –forçando um sorriso. –como esta o poncho?
Dulce: melhor que você. –ela tentou retribuir o sorriso, mas não conseguiu. –ele fraturou a perna, nada de grave, mas vai ter que engessar.
Any: fico feliz que não tenha acontecido nada de mais grave. Mas olha como você esta! Esta enorme! –Dulce riu com a brincadeira de any. –já sabe qual é o sexo? –any tentou parecer sorridente.
Dulce: sim é um menino. –ela estava radiante.
Any: eu nem acredito que vou ser titia! –ela ficou séria de repente. –mas agora... Dul preciso de um favor seu. Posso contar com você?
Dulce: você sabe que sempre.
Any: quero que me prometa que fará o que eu vou te pedir.
Dulce: any você ta me assustando.
Any: promete dul!
Dulce: ta! Tudo bem. Do que se trata? Por que tudo isso?
Any: eu não consigo fechar os olhos sem que não venha a imagem desses últimos três dias. –os olhos dela se encheram de lagrimas. –é como um pesadelo que não tem fim... E têm uma cena. –ela respira profundamente tentando se acalmar. –que não para de se repetir, uma... Duas... Três... Sempre. –ela fez uma pausa tentando falar. –quando ele tava me possuindo...
Dulce: calma, maninha tenta esquecer. Por favor! Já acabou ela segurava a mão de any tentando acalmá-la.
Any: mas é isso que eu to tentando dizer dul. Houve um momento... Que eu consegui fugir. E é por isso que eu preciso de sua ajuda. Rodrigo... Ele... Drogou-me.
Dulce: não any. –balançando a cabeça como se não quisesse acreditar.
Any: escute-me por favor… Eu ouvi quando o poncho disse que ele havia me dado Heroína. Eu preciso de outra dose.
Dulce: Não. Eu não to acreditando. –levando a mão à boca e afastando-se da irmã.
Any: você não pode me negar! –ela já estava alterada.
Dulce: any olha o que você esta dizendo! Você não assim.
Any: claro! A filhinha perfeita não perfeita não pode!
Dulce: não assim. Você não precisa fugir. Essa não é a única saída.
Any: e o que você entende sobre isso? –falando com desprezo. –jamais saiu de seu mundo de cristal, a única coisa que você sabe do mundo é o que vê pela janela do seu quarto! Não sabe o que é ver a sua vida desmoronar sempre que você tenta construí-la!
Dulce: o que deu em você Any? Escuta o que você ta dizendo! O que ta me pedindo!
Any: Dulce vai embora! Já sei que não devo contar com você pra nada!
Dulce já estava em prantos. O que ela ia fazer? Ela sabia que não devia fazer o que a irmã lhe pedia, mas por outro lado any estava certa. A única vez em que any lhe pedira algo ela estava lhe virando as costas.
Ucker bate na porta tirando-a de seu transe. Ele imediatamente percebe o nervosismo de Dulce.
Ucker: dul o que aconteceu? Você está chorando? –Ela não diz nada e dispara pra fora do quarto. Ele sem nada entender vira-se para Any. –O que aconteceu com ela?
Any: ela se deu conta de umas verdades. –Ela fala friamente e vira o rosto.
Mais tarde Dulce volta ao hospital. Ela caminha a passos lentos, ignorando as perguntas de Ucker sobre seu paradeiro e ainda secando algumas lagrimas que insistiam em descer.
Dulce: Aqui está! –A voz soou sem emoção. Ela jogou o embrulho de papel que segurava, na cama de any e continuou com o mesmo tom vazio de voz. –Tudo o que você precisa está ai. Mas, saiba que esta foi a primeira e a última que você conseguiu isso de mim. E eu só te peço uma coisa. Se você ainda sente algum carinho por mim. Não use.
Any até esse momento estava inexpressiva. Mas ao ouvir as últimas palavras, uma lágrima rolou por sua face e ela soltou algo, que não passou de um murmuro.
Any: eu sinto muito.
Dulce: eu não quero ver isso. –Ela virou-se e foi embora.
Todos estavam na sala de espera aguardando por noticias sobre o estado de any que parecia haver piorado na noite anterior. Dulce, Ucker e Poncho que já tivera alta com apenas a perna esquerda engessada. Eles estavam em silêncio. Quando o médico apareceu falando com um tom solene.
Médico: Quem de vocês é parente da Srtª Portilla?
Dulce: EU! –ela levantou-se rapidamente. –Algum problema? Ela piorou?
Medico: Não se acalme. –Ucker aproximou-se de Dulce, passando o braço em sua cintura e puxando-a para junto de si. E o médico continuou. –Um dos problemas mais graves da Srtª Portillo era a desidratação, mas isso já foi resolvido. Mas, ela não poderá continuar neste hospital.
Poncho: Se o problema for dinheiro, não se preocupe com os gastos. –Poncho disse rapidamente aproximando-se de onde eles estavam.
Médico: Não. Não é problema de dinheiro meu jovem. Este hospital jamais deixaria de ajudar alguém por questões financeiras. Nós temos ética. Mas também temos regras. Aquela jovem é uma dependente química e foi encontrada drogada ontem e isso é intolerável.

Any: me explica de novo. Por que estou indo pra casa de Poncho e não pra minha? –Any já estava irritada. Já fora repreendida o bastante por ter se drogado no hospital. E agora eles colocaram na cabeça que ela não podia mais morar só. Afinal o que ela estava fazendo durante todo esse tempo que eles estavam afastados?
Dulce: Any pela milésima vez. É só por um tempo até que você possa se controlar e parar. –Dulce explicou calmamente.
Any: parar com o que?! –ela se exasperou.
Poncho: de se drogar! –ele estava irritado, explicara aquilo várias vezes. Poncho pressionou as mãos no volante do carro a fim de se acalmar.
Any: mas, foi só uma vez...
Poncho: duas! –ele interrompeu. –isso já é o suficiente pra te tornar dependente.
Any: eu posso parar quando quiser.
Poncho: ENTÃO PARE!
Dulce: gente já chega! Por favor. Any eu pensei que não ia haver problema com isso. Você e o poncho não estavam juntos?
Any: estávamos! Passado. E era eu em minha casa e ele na dele. E alias... Desde quando você tem uma casa aqui?
Poncho: desde que eu comprei a duas semanas atrás.
Any: a então quer dizer...
Dulce: já chega any! –Dulce a interrompeu, já estava cansada dessa nova implicância de any com poncho sem nenhum fundamento. –Você precisa de ajuda! Nem o seu temperamento é mais o mesmo!
Any manteve-se calada, não tinha o que dizer, ela havia mudado drasticamente nesses últimos dias, mas havia gostado da mudança, pela primeira vez na vida ela parara de pensar nos outros e fazia o queria. Foram o resto do caminho em silêncio.
Chegando a casa Dulce se admirou com o lugar, era realmente uma casa muito bonita no estilo vitoriano, era pequena, mas parecia se bastante acolhedora.