terça-feira, 17 de novembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 4 - parte 3

Reescrito:
Isso era loucura, Anahí pensou pela milésima vez. Ela estava a horas no telhado da casa de Maite olhando o manto da noite que cobria a cidade de Nova Iorque e ainda tentando digerir toda a conversa que havia tido com Alfonso, Dulce e Sally. Mas ainda não conseguia acreditar que ela, era uma vampira, essas coisas não existiam, não deviam existir.

—  Você está louco! –Foi a primeira reação de Anahí quando Alfonso a havia contado o que eles eram, o que ela era.
—  Pense bem Anahí. –Sally disse. –Você consegue sentir que não somos humanos, e mais, você tinha um enorme corte na cabeça, mas agora ele sumiu.
Instintivamente Anahí ergueu a mão até onde aqueles médicos a haviam cortado, ela se lembrou que havia muito sangue, e que este havia sujado todo aquele pijama de hospital. Olhou para baixo procurando o sangue, mas estava com outra roupa. Alguém a havia trocado enquanto dormia.
— Foi eu. –Dulce disse com um sorriso doce no rosto. É que aquela coisa era horrorosa e estava cheio de sangue.
Eles haviam contado que podiam ler as mentes uns dos outros e que até ela poder fechar sua mente seus pensamentos iam ser gritantes para todos. Anahí enrubesceu de vergonha naquele momento. Se eles podiam ouvir seus pensamentos então eles escutaram a avaliação que ela havia feito deles ao acordar.
— Não se preocupe. Alfonso havia dito com um sorriso que faria seu coração parar, se ele já não estivesse morto.
Sally e Dulce soltaram uma risadinha. Claro que elas haviam escutado isso, Anahí pensou, esse negocio de ler mentes era extremamente inconveniente. Com certeza todos já sabiam que ela sentia uma atração inexplicável por Alfonso, era uma ligação que ela não entendia, quase como se seu corpo estivesse tentando dizer algo que sua mente não sabia.
 Anahí caminhou até o parapeito do telhado, era uma queda e tanto até o chão, quatro andares, mas recordou outro momento da conversa, em que Alfonso havia dito que não seria nada pular de uma altura dessas. Ele disse que poucas coisas poderiam matar um vampiro, que qualquer ferimento se curava com o sono do dia, mas que devia evitar o sol porque igual como nas lendas eles eram fatais.
Ela olhou para o horizonte, faltava menos de uma hora para o nascer do sol, seu instinto de sobrevivência sabia a hora exata da alvorada. Seu corpo começava a sentir o cansaço que vinha com o sol.
 Anahí havia decidido ficar com eles até saber o que fazer agora que não podia mais ensinar. Christian não desconfiava mais dela depois de ter fuçado toda a sua mente em busca de algo. Apesar do desconforto Anahí não se incomodou com essa invasão porque afinal ela não se lembrava de muita coisa do tempo em que havia ficado presa na Athemis. Somente vozes falando coisas desconexas.
Mas Anahí sabia que antes de tudo ela devia dizer adeus a Rodrigo, ele foi seu namorado durante toda a adolescência. Ele estava lá quando seus pais haviam morrido em um acidente de carro, quando ela entrou pra faculdade e logo depois seu emprego como professora do jardim de infância. Ele sempre esteve com ela, nada mais justo do que ir dizer adeus pessoalmente. Certo?
Errado de acordo com Alfonso. Todos a haviam alertado que o nosso segredo devia ser mantido a qualquer custo e nunca devíamos ficar mais de cinco anos em um lugar, porque as pessoas perceberiam que nunca envelheceríamos. Mas Rodrigo a amava, se ela contasse pra ele, eles poderiam ficar juntos, eles... Obrigou- se a parar de pensar nisso, ela não queria ver Rodrigo morrer enquanto ela continuava intocada pelo tempo.
Sally havia dito que somente os que possuíam o antígeno lithop poderia se converter em vampiro, e que eles pensavam que esse antígeno estava extinto. O veneno nada mais servia para paralisar a vítima ou quando possuíam o antígeno, transformá-lo. Anahí estremeceu, isso a fez se lembrar do médico que havia matado. Tudo ainda era tão nebuloso em sua mente, suas lembranças daquele dia estavam todas embaralhadas.
Ela olhou para o céu ainda negro e decidiu ir ver Rodrigo. Tinha que vê-lo, sentir sua presença confortadora de sempre.
Ela pulou, sentindo um frio na barriga e por uma fração de segundo duvidou se ela conseguira aterrissar com vida. O leve baque que produziu ao cair graciosamente a lembrou de um gato. Ela caminhou até rua, vendo as pessoas começando o dia.
“Aonde vai Anahí?” Uma voz grossa e máscula ressoou em sua cabeça. “O sol já vai nascer, você não vai conseguir.”
“Ele vai me entender Alfonso.” Anahí lutou pra conseguir fechar a mente, mas ela não sabia como. Agora ela sentia a presença de sete mentes acompanhando- a.
“É melhor você voltar Anahí.” Dulce aconselhou. “Ele não irá entender. Os humanos nunca entendem.”
— Saiam de minha cabeça! –Ela gritou segurando a cabeça como se esta fosse explodir.
Viu que algumas pessoas a olhavam como se fosse uma louca, mas ela não se importou. Correu a uma velocidade que qualquer humano a alcançaria. Rodrigo não morava longe dali. Ela tinha que vê-lo, precisava vê-lo.
Anahí parou em frente à porta da casa de Rodrigo, tentando reunir forças para o que ia dizer. Ela não sabia o que realmente diria, mas tinha que dizer algo, mostrá-lo que ela estava bem na medida do possível após esses meses de desaparecimento.
— Vamos voltar Anahí, antes que o sol nasça. Anahí se virou abruptamente e viu Alfonso e Nighel a poucos metros de distancia dela.
— Ele vai entender! Vocês não o conhecem! —Ele se aproximou mais dela.
— Não vai. E você sabe disso. —Disse calmamente tocando-lhe o braço.
Sim, ela sabia. No fundo ela sabia que Rodrigo não iria entender. Foi entender isso que lhe escapou a única gota de esperança que lhe restava, de que sua vida seguira sendo a mesma, que tudo não passava de um maldito pesadelo.
Sem entender como ela percebeu que estava abraçada a Alfonso, dando vazão a toda dor que sentiu nesses últimos meses. Com ele, ela sentia se sentia segura, como se nenhuma dor pudesse tocá-la tão somente por estar em seus braços.

domingo, 6 de setembro de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 4 - parte 2


Reescrito:



O torpor começava a abandoná-la, ela não queria isso, mas já conseguia escutar vozes ao fundo. Eram vozes estranhas, mas familiares ao mesmo tempo, não. Não todas, mas uma em particular ela conhecia. Uma onda de alivio e segurança percorreu por todo seu corpo, sem entender o porquê.
—  Você não devia tê-la trazido pra cá. –Disse um dos homens e parecia estar realmente irritado.
—  Chris eu não podia deixar-la! Me entenda!
—  Eu te entendo Alfonso, mas isso foi uma armadilha e você sabe disso! Ela pode ser uma espiã, pode estar trabalhando pra eles.
—  Ela não trabalha pra Athemis!
Anahí agora estava totalmente alerta, escutando atentamente cada palavra que diziam, a sensação de segurança desapareceu completamente.
— Se você pararem de discutir vão perceber que está acordada. –Uma voz régia falou pondo fim a discussão.
Anahí decidiu abrir o olhos e ver onde estava e se deparou com sete pares de olhos a mirando fixamente. Todos a olhavam com curiosidade, como se ela fosse um bicho de zoológico. Era exatamente assim que ela se sentia; acuada.
—  Oi. O homem que lhe era tão familiar e tão estranho ao mesmo tempo de uma maneira desconcertante aproximou-se lentamente da cama em que ela estava deitada. Ela se afastou, encolhendo o corpo de uma maneira protetora. Não tenha medo, eu me chamo Alfonso.
Anahí o olhou fixamente, e sentiu de novo aquela sensação de que o conhecia, era como a lembrança de um sonho que a perseguia. Ele era extremamente lindo. Tinha o cabelo curto e encaracolado negro como a noite, os olhos também negros eram profundos e sombrios, o nariz aquilino, os lábios contorcidos em um sorriso que de alguma maneira o deixava ainda mais bonito. Alfonso vestia uma calça jeans já bem desbotada e uma camisa social branca com as mangas enroladas até os cotovelos. Roupas que passariam despercebidas entre os humanos, mas ela sabia que ele não era um. De alguma maneira ela sabia que ninguém naquele quarto era humano, nem mesmo ela.
— Tudo vai acabar bem querida. –Sorriu uma garotinha que não parecia ter mais que dezesseis anos. Ela tinha um rosto perfeito em formato de coração, seus grandes olhos verdes pareciam refletir uma inocência que ela definitivamente não tinha. Seus cachos louros que se estendiam até acima da cintura lhe conferiam o ar infantil.  –Me chamo Sally e estes são Christopher, Chris, Nighel, Dulce e Maite.
Ela apresentou a todos, apontando a cada um quando dizia seus nomes. Ela observou a todos, os que ela disse se chamar Chris e Christopher, a olhavam com cautela, talvez decidindo se confiaram nela ou não. Christopher tinha o cabelo castanho, o rosto devia ser bonito, por trás de toda a cólera que ele demonstrava. Seria por causa dela ou ele era sempre assim?
Chris também não parecia satisfeito, o rosto delgado emoldurado por seus cabelos louros. Os olhos negros como as trevas os lábios pressionados em uma linha fina. Ele realmente não estava feliz.
Aquele que parecia se chamar Nighel, tinha as expressões completamente indecifráveis. O rosto estava frio, não demonstrando seus reais pensamentos. Ele tinha o cabelo castanho claro e parecia ser o mais velho de todos ali presentes. Seus olhos eram de uma cinza nebuloso, Anahí se perguntou se aquilo lhe afetava a visão. Ele tinha um bigode esquisito e era magro e bastante alto; um metro e oitenta ela calculou.
A garota que se chamava Dulce assim como Sally também parecia ser muito jovem dezenove talvez vinte anos. Ela era realmente linda, do tipo que agente só espera ver nas capas da Vogue. Ou em qualquer dessas revistas de moda. Seu cabelo vermelho rubi caia como uma cascata de fogo até a cintura. Ela me olhava com uma expressão insondável. Curiosa talvez.
Maite diferente de Dulce e Sally que possuíam uma beleza angelical, ela era... Exótica. O cabelo negro como o ébano cortado acima dos ombros era de um liso perfeito contrastando com a pele branco pálido e os lábios pintados de vermelho sangue, que em qualquer outra daria a impressão de ser uma prostituta barata, nela parecia natural.
— Quem são vocês? –Ela se obrigou a dizer. Era tão estranho voltar a falar depois de meses enclausurada. Sua voz não saiu mais alto que um sussurro, suas cordas vocais prejudicadas depois de tanto tempo sem uso.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Insônia...

Eu sei que esse blog era somente para postar minhas historias, mas eu não tinha nada o que fazer essa noite e o sono acabou dando nisso. kkkk


OBS: Logo, logo postarei outro capitulo de "Sonhos de um anoitecer", acontece que me deu um branco e não tô conseguindo fazer a historia, mas espero ter logo o meu insitgh (ou seja lá como isso se escrever ¬¬') pra continuar a historia!

beijo!

Adoro todos vocês! ^^

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 4 -parte 1





Reescrito:


Estava tudo tão calmo, calmo de mais. Era como a calmaria antes da tempestade. Anahí sentiu seu corpo pesado, havia uma névoa que queria puxá-la pra baixo, ela sabia que não havia dor lá, mas ao mesmo tempo sentia-se puxada pra cima, sendo elevada pra cima dessa névoa densa e escura. Lá havia dor, muita dor. Tentou abrir os olhos, e para sua surpresa uma luz cegante machucou seus olhos, forçando-a a fechá-los novamente, a dor em sua cabeça pulsava fortemente, ela ouvia vozes ao fundo, mas estavam tão longe.
— Ela está acordando. –A voz feminina estava nervosa.
— Aplique— lhe mais sedativo. Afinal é pra isso que você está aqui.
Anahí tentou mais uma vez abrir os olhos lutando com a dor que a invadia na cabeça. Ouviu a mulher chacoalhar metal contra metal, procurando algo energicamente, estava nervosa, seu coração batia freneticamente. Anahí sentiu o medo emanando dela. A dor pulsou mais forte em sua cabeça e os pensamentos sobre a mulher foram relegados a um segundo plano. Tentou mexer os braços, mas sentiu que seus pulsos estavam amarrados, levantou os braços forçando as amarras e estas se quebraram.
— Doutor ela está acordando!
— Mas que droga Diana! Se não pode fazer seu trabalho direito então porque está aqui?
Sentindo— se mais lúcida, Anahí saltou da cama e sentiu os fios que estavam presos ao seu corpo se soltarem, causando uma leve dor. Fraca pela dor que latejava em sua cabeça e provavelmente pela droga que lhe ministraram, encostou-se na parede e observou o lugar em que se encontrava. Era claramente uma sala de cirurgia, havia duas pessoas com ela nessa sala. Um homem e uma mulher. Eles a estavam olhando assustados. Sentiu algo frio cair em seu ombro e percebeu que era sangue. Espere ai! Frio? Levou a mão a cabeça e percebeu por que ela estava latejando tanto. Havia uma abertura lá e estava sangrando muito. O sangue era frio e de uma cor diferente era mais escuro, quase três tons acima do normal. Olhou para os médico, procurando por respostas, mas eles ainda a olhavam assustados. O doutor não havia movido um passo, mas a mulher havia se afastado mais para o lado, perto da saída. Anahí sabia que devia seguir em direção a saída, agora que podia, mas o sangramento em sua cabeça ficava mais forte, e estava quase impossível raciocinar direito, a anestesia que eles deram já devia estar passando o efeito.
Quanto mais seus pensamentos se embrulhavam pela dor, mais seu ser clamava por algo. Se demorasse mais sabia que morreria por perda de sangue, foi quando um cheiro a invadiu, doce, inebriante. Sua garganta secou. O doce perfume percorreu por todo o seu corpo como uma onda de eletricidade a dominando e algo dentro dela falou mais forte. Sem saber bem o que queria avançou pra cima do médico, que caiu no chão sobre o peso do impacto. Aterrorizada com a rapidez com que havia se movimentando e sem saber o que estava fazendo cravou os dentes no ponto mais vivo daquele humano, onde sua vida pulsava mais fortemente pelo medo que sentia. No pescoço. Não percebeu que ele a batia tentando libertar-se e fugir de seu beijo mortal. Tomou para si o que precisava, o liquido da vida, doce e quente. O homem já não mais se debatia sobre si, estava totalmente imóvel. E algo dentro de si disse que ele estava morto.
Em algum canto de sua mente sentiu-se enojada e aterrorizada pelo que acabara de fazer, mas essa era uma parte minúscula que não tinha domínio agora. Seguiu-se o silêncio, novamente aquele silêncio terrível, ela levantou o rosto, de repente lembrando que havia outra pessoa naquela sala. Procurou pela enfermeira, mas esta havia sumido. Afastou-se do corpo do médico e ao olhá-lo e aquela minúscula parte de seu cérebro tomou conta e se horrorizou. Não podia acreditar que havia matado a um homem! Três homens entraram de assalto dentro da sala e todos armados, mas antes que Anahí pudesse reagir um dos homens foi mais rápido e atirou, algo perfurou seu pescoço e novamente as trevas a invadiu.
Mas não era mesma escuridão de antes que vinha junto com a inconsciência, dessa vez era somente uma névoa que nublava sua visão e prendia seu corpo.  A consciência ainda estava lá, ela podia pensar, mas não queria, sabia o que viria agora. O que sempre vinha depois: Dor. Ela tentou se afundar na mente, onde era escuro e confortável, onde ninguém podia machucá-la. E conseguiu.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 3 -parte 3


Seguia em direção a saída, iria agora mesmo na Athemis, precisava tirar Anahí de lá. Sentiu muita raiva por terem conseguido capturar Aylana, mas essa raiva não foi nada comparada a que sentia agora, saber que Anahí aquela doce e indefesa criatura que conhecera e a deixara para o bem dela, estava sendo torturada, sentiu um tremor de fúria percorrer por todo o seu corpo. Sempre sentiu um instinto protetor com relação a ela, sabia que de algum modo estavam ligados, um elo forte que agora estava mais intenso.
Viu todos na sala, sentiu a atmosfera tensa mas, já tinha decidido ignorá-los. Sally assim que o vira já saltava em sua direção. Queria ignorá-la, mas com Sally era dar-lhe atenção ou dar-lhe atenção.
- Alfonso! Já estávamos preocupados.
- Você é o vampiro mais desregulado que eu já vi –gracejou Nighel no fundo da sala. –Como você consegue dormir até depois do pôr do sol?
- Olha eu não posso conversar agora. –Precisava ir logo a Athemis, e não queria perder tempo. –Suponho que Christopher e Dulce já lhes tenham informado o que aconteceu ontem, mas eu tenho um assunto que resolver na Athemis.
- O que! Não! Espera!, você não pode voltar lá sozinho! –Maite objetou prontamente se levantando do sofá onde estava sentada. – É perigoso, nós não estamos lidando com simples humanos, penso que têm uma mão sobrenatural no meio disso tudo.
- Mas o que não se encaixa é eles haverem aprisionado essa garota com a qual Alfonso sonha. –Disse Dulce.
- Quem sabe eles tenham descoberto sobre os sonhos e a estão usando para atraí-lo. –Sugeriu Christian, estava tão absorto em seus pensamentos que Alfonso já estava duvidando que estivesse escutando aquela conversa sem sentido que só servia para fazê-lo perder tempo.
- Pra que mais motivos? Eles já tem Aylana uma vampira não é suficiente para atraís outros? –objetou Sally.
- Talvez, mas uma parceira seria bem mais eficiente para atraí-lo. –Continuou Christian seguindo uma linha de raciocínio, que Alfonso pensou estar bem perto da verdade.
- E por que quereriam atrair especificamente ele? – Maite perguntou agora entrando na conversa.
- Boa pergunta. –Disse Christian desanimado. –Pra mim isso tudo como um quebra-cabeça, com as peças embaralhadas. Temos que analisar bem antes de agir.
- É bom que pense assim tão friamente de duas vidas que estão correndo perigo, talvez até mais.
- Sabe que não isso que eu quis dizer Sally...
- Essa conversa não está levando a nada. – Interferiu Nighel já entediando com o rumo da coisa.
- Nunca pensei que fosse dizer isso, mas Nighel tem razão, ademais já perdi muito tempo. –virou-se e caminhou em direção a porta, e disse por sobre os ombros. – E Anahí não é mais humana.
- Espere! –Maite o chamou. –Vamos todos com você.
- Façam como quiserem. –Ele deu de ombros e saiu em direção a noite.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 3 -parte 2



Anahí acordou sentindo a cabeça pesada, ainda estava com os olhos vendados, mas pelo menos não estava mais no chão frio, para sua surpresa estava em uma cama. Tentou se mexer, mas que novidade estava com as mãos amarradas na cabeceira da cama. A droga que eles a deram ainda embaralhava seus pensamentos, mas sabia que estava drogada, por que não se lembrava de quando fora removida, daquele lugar frio, pra este outro que apesar de ainda estar com as mãos amarradas era de longe bem mais confortável. A porta se abriu e duas pessoas caminharam em sua direção junto com um barulho metálico. É incrível que quando se passa um tempo sem usar a visão os outros sentidos ficam bem mais aguçados.
- Ela ainda está inconsciente? –Perguntou uma voz masculina, ela sabia que havia ouvido a voz dele antes, mas não conseguia se lembrar onde.
- Não. A já deve ter passado o efeito. –Ah! Aquele desgraçado arrogante que lhe trazia o que eles chamavam de comida, ela chamava de lixo.
- Deixe-me a sós com ela. –E agora o que eles ainda querem? Já não bastaram me deixarem mais furada do que uma peneira? Anahí já havia passado horas pensando o que havia feito de errado para ser submetida a isso. Em uma época em que sua vida era perfeita, tinha o emprego que sempre quisera, era professora de jardim de infância, estava noiva de Rodrigo, e muito apaixonada, estava feliz. Mas em uma noite quando vinha do trabalho, nesse dia havia ficado até mais tarde com um aluno um pouco problemático, estava quase chegando em casa quando Rodrigo a ligou pedindo que a encontrasse em um parque que havia perto do colégio onde ela trabalhava, estranhou um pouco, mas mudou o rumo e seguiu em direção ao parque. Quando desceu do carro viu Rodrigo sentando em um dos bancos, caminhou até ele, mas antes mesmo de ele a avistar ela sentiu uma picada no pescoço e depois disso só se lembra das trevas. A última coisa que lhe foi permitido ver foi a imagem de seu amado sentado a esperando. Será que algum dia ela sairia daqui viva? E se conseguisse Rodrigo ainda a estaria esperando? Tantas perguntas, mas nenhuma resposta.
- Hoje seu amigo veio lhe visitar. Sei que você o chamou. –Disse a voz rouca, ele parecia velho ao que ela pode perceber. –consciente ou inconscientemente você o chamou e o trouxe até aqui. –Ele riu com um pouco de esforço, mais pareceu um pigarro. Anahí não prestava muita atenção ao que ele estava falando, não parecia lúcido, ela não se lembra de ter chamado ninguém, nem mesmo conseguia falar sentia tanta sede que um simples gesto como abrir a boca lhe doía.
- É uma pena que ele não teve a oportunidade de te ver pela última vez como humana, e muito menos a amiguinha dele, ela serviu bem ao nosso propósito, mas agora com você sobre nosso poder não temos mais necessidade de mantermos uma outra interna. Você é única Anahí, uma em um milhão, pensei que o antígeno lithop havia sido extinto e olha você. –O velho deu uma gargalhada estridente.
Novamente ela ouviu um barulho metálico, provavelmente a estavam preparando mais uma dosagem dessa droga que lhe davam sempre. Quando aquele pesadelo ia acabar? Sentiu uma picada no pescoço e um grito de dor eclodiu de seus lábios. Parecia que algo vivo entrava em seu corpo e o possuía, era como uma cobra de fogo serpenteando por suas veias espalhando seu veneno. Tinha a sensação de que seu corpo ia explodir de dentro pra fora, que aquele animal que a percorria de alguma maneira queria sair, um bolo agora prendia sua garganta impedindo-a de respirar. Então era isso, eles a prenderam, e a torturaram para matá-la da pior forma possível, isso não era justo. Aos poucos ela foi sentindo seu coração parar de pulsar. Sentiu-se mergulhar nas trevas, sua única companheira desde que lhe fora tomada a liberdade, sentiu o abraço da morte e o alivio da dor e viu-se caindo em um abismo.
Alfonso levantou-se da cama em um salto, a cabeça latejava e seus instintos gritavam “Perigo! Perigo!”, mas ele sabia que o perigo não era pra ele e sim para Anahí. Olhou para o radio relógio que ficava no criando mudo ao lado de sua cama e se surpreendeu já passava das sete da noite, ele jamais dormira tanto assim, pelo menos não depois dos sonhos que vinha tendo. Lembrou-se do sonho que teve este dia e tinha certeza, aquele desgraçado que falava com Anahí a havia transformando-a em vampiro. Como? Ainda era uma questão que teria de descobrir.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 3 -parte 1


- COMO VAMPIROS INVADIRAM A ATHEMIS?! – Sebastian Trevis estava tão furioso que parecia que teria um enfarte a qualquer momento. – E onde está Samantha? Por que ela também não esta nessa reunião? –Perguntou o presidente da Athemis, com uma veia palpitando em sua testa ameaçando explodir com tamanha preção.
Diana Keaton e Thalis Shire se entreolharam com medo de falar a frase que serviria como a gota d’água no copo pra que transbordasse e tudo se tornasse uma catástrofe. Se é que ainda podia piorar.
- Ela foi embora chefe. –Diana se atreveu a falar, com a voz tremula e receosa da reação de Sebastian. –Ontem à tarde.
- E... Eu tentei impedi-la senhor m... Mas... –continuou Thalis com a voz vacilante. –Ela não quis ouvir, disse que experiências com vampiros era uma coisa, mas com humanos, com aquela garota, ela não iria continuar. Queira também destruir os arquivos dos internos, mas conseguimos impedi-la, o escritório agora está um caos levará semanas para reorganizarmos todos os dossiês.
- Está bem. –Falou Sebastian por entre os dentes. –Encontrem-na. –Fez uma breve pausa e continuou. –E a matem. Não quero testemunhas, ela sabe demais.
Dito isso Sebastian levantou-se e caminhou letamente pra fora da sala de reuniões. Ele possuía uma aparência que estava longe de ser. Gordinho e roliço, com os cabelos já quase todos brancos e óculos pequenos e redondos escorregavam de seu nariz, aparentava ser frágil com sua pele branca como o papiro. Andou até o fim do corredor e chamou o elevador, apertou o botão para o subterrâneo, precisava ajustar umas contas com uma certa “hóspede”.

- Céus! Vocês estão bem? –exclamou Maite quando vira Alfonso e Christopher entrarem e Dulce desacordada. –Achei que não chegariam a tempo! O sol já raia alto.
Christopher colocou Dulce no sofá e sentou-se ao lado dela, estava ofegando, cansado e com leves queimaduras causadas pelo sol.
- Por que não está dormindo Maite? –Disse Alfonso enquanto se deixava cair em uma poltrona, fazendo uma careta de dor. Necessitava de um sono reparador, e agora que já conhecia a dama que povoava sua mente, esperava que não tivesse mais sonhos com ela.
- Os outros estão dormindo, mas eu precisava saber o que... –Interrompeu no meu da frase quando viu que Christopher com a expressão dura levava Dulce para um dos quartos. –O que aconteceu com ela? –perguntou com horror.
Christopher nada disse e seguiu como se não tivesse ouvido a pergunta. Alfonso se levantou e a olhou com preocupação.
- Ainda não sabemos Maite, mas tivemos uma noite longa, estou cansado e você também. À noite conversaremos com mais calma. –Dito isso se retirou. Tudo o que queria era cair na cama e só acordar a noite, ter um sono tranqüilo. Mas infelizmente sentia que não ia ser bem assim.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 2 -parte 3


Era ela! Tinha certeza! Caminharia sobre a luz do sol se estivesse errado. Nervosamente procurou por todo o escritório em busca do arquivo ao qual a foto fora arrancada. Não precisava dele, pois agora já sabia como se chamava, sabia quem era. Totalmente alheio as perguntas preocupadas dos amigos ele procurou até encontrar a pasta. E o medo pela confirmação de que estava certo se assomou em seu rosto. Anahí Puente. Como poderia ter se esquecido dela?
- Alfonso o que houve? Quem é ela? –perguntou Dulce com aparente preocupação. Seu estado devia ser horrível pois até Christopher demonstrou estar preocupado por ele.
Ele mostrou a foto e disse:
- É ela. –fez uma breve pausa. –A garota com quem eu sonho todos os dias durante dois meses seguidos.
- Ela? –Dulce não parecia acreditar muito na historia, mas não teve tempo pra pensar. Pois a porta do escritório se abriu bruscamente e um rapaz gritou.
- peguem-nos!
Todos os três olharam para a porta se entender, como eles haviam cometido esse deslize? Agora havia três homens armados e um magricela prontos pra atacar. Nas armas provavelmente haviam tranqüilizantes, isso dava um pouco de paz a Alfonso. Nenhum tranqüilizante era capaz de paralisá-los.
“ o que vamos fazer?” Dulce estava com os pensamentos calmos, quatro humanos não eram problemas, ela mesma podia cuidar deles sozinha, mas não estavam lá para lutar. Pelo menos não aquela noite.
“ vamos embora, eles já sabem o que somos.” Christopher parecia estar se divertindo com aquilo. “ por isso vamos com grande estilo” ele fez uma leve menção com a cabeça em direção a janela.
“ As vezes eu acho que você não é normal, mas eu gostei” sorriu.
Não havia passado nem meio segundo com tudo isso. Eles se viraram em direção a janela, transpassando a barreira de vidro, saltando do vigésimo andar. Pularam em direção ao telhado do prédio vizinho e uma chuva de pequenos cacos de vidros os seguiram arranhando seus corpos, mas isso era o de menos, após o sono, amanha a noite o ferimentos já desapareceriam.
Os agentes da Athemis apareceram na janela e atiraram contra eles, com o que eles os queriam ferir Alfonso ignorava, mas era engraçando eles realmente acreditavam que algo podia parar-los. Correram, pulando nos telhados o mais rápido que podiam, quando já estavam em uma distancia relativamente longe, eles pararam.
- Onde está Dulce? –Christopher se alarmou.
- Pode ter pegado outro caminho.
- Não creio. –Ele percorreu o lugar com a vista, a procura dela. “Dulce! Dulce!” Nada. Nenhum sinal dela.
- Deve estar inconsciente.
Que ótimo. Agora Dulce também sumiu, a poucas horas do nascer do sol. Será que as coisas podem piorar? Quando Alfonso finalizou esse pensamento Christopher já estava correndo de volta pra Athemis.
"Christopher! espere!"
"Não temos tempo!"
“Acha que eles a pegaram?”
“Eu vou achar qualquer coisa até que eu a veja segura.”Alfonso lutava pra conseguir deixar a mente em alerta, começou a seguir Christopher que já partia na direção oposta a que seguiam. De volta a Athemis.
Precisava manter os olhos abertos, tarefa difícil uma vez que Anahí agora penetrava todos os seus pensamentos. Saber quem era, agora, a garota que povoava seus sonhos o inquietou bem mais do que quando estava na completa ignorância. Parou de lutar com suas memórias que insistiam voltar e se permitiu regressar 15 anos atrás. Naquela noite o desejo por sangue o impulsionava, sua mestre, sua governanta o guiava. Já havia tempo que não se alimentava por autoflagelação, talvez ele fosse masoquista. Quem sabe? O sofrimento ajudava a manter a mente longe da culpa que sentia.
E naquela noite a sede o dominava levando-o em direção ao que podia saciá-lo, viu uma fazenda na beira da estrada em que seguia, estava correndo a toda velocidade, logo o sol nasceria, e aquela casa era sinônimo de “comida” e abrigo durante o dia. Era reconfortante pensar que logo iria se saciar. Procurava pensar nisso e não no fato de que teria que matar inocentes pra conseguir acalmar o monstro que habitava seu ser e que o controlava ao seu bel prazer.
Entrou na primeira janela que viu, era a cozinha, ouviu o batimento de três corações, esbanjando vida. Sentiu água na boca ao pensar no sabor daquele liquido escarlate descendo por sua garganta e saciando sua sede. Seguiu o mais pulsante, o mais jovem, parou em frente a porta do quarto. Ouviu a respiração regular, comprovando de que estava dormindo. Abriu a porta lentamente, olhou ao redor e parou na soleira da porta, era o quarto de uma menina, ele era um assassino, mas não de crianças, preparou-se pra sair, foi quando a menina levantou seu corpinho da cama com um braço e com o outro esfregava os olhos ainda pesados pelo sono.
- Papai? – Alfonso retesou o corpo, devia ter saído assim que percebeu que ela havia acordado, mas algo nele o impediu, algo o segurou exatamente ali, totalmente imóvel. –Não vai entrar? –Aquela voz ainda rouca pelo sono o libertou de seu transe, deu um passo atrás.
- Não vá! –a garotinha o chamou erguendo o braço como se assim conseguisse retê-lo lá.
- Não sou seu pai. –Alfonso se pegou dizendo, mas logo se arrependeu a menina poderia se assustar e gritar, acordando os pais dela que dormiam no quarto ao lado. Lá se vai minha refeição tranqüila.
- Eu sei.
- Alfonso! – A voz de Christopher soou em sua cabeça, o arrastando de volta para o presente. –Não escutou o que eu disse? Acorde! Lá está ela!
Alfonso obrigou seus pensamentos a se organizarem e observou a sua volta pra ver onde estava, perto, bem perto da Athemis. Exatamente a uma quadra de distância. Seguiu Christopher novamente até ver onde Dulce estava. Desacordada como ele suspeitava, mas o que aconteceu era um dilema. Sem tempo para pensar somente para agir. Christopher a agarrou e correram em direção a casa de Maite, com um pouco de sorte chegariam antes do nascer do sol. Aumentaram a velocidade, pulando os telhados, dos prédios. A alvorada estava surgindo, e o claro começava a incomodar suas visões e a queimar suas peles. Desceram para as ruas, onde eram mais lentos, com tantas estradas e vielas cheias de humanos, que não os veriam devido a velocidade em que corriam, mas era um risco.

domingo, 5 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 2 -parte 2


Dulce, Christopher e Alfonso pararam nos fundos do edifício da Athemis, tudo que teriam de fazer era arrombar a porta, percorrer todo o prédio, encontrar algo interessante e irem embora. Em tese parecia tão fácil, pensou Alfonso, pena que a relidade era diferente. Três vampiros entrando em um prédio cheio de humanos, câmeras de segurança e inúmeras parafernálias eletrônicas sem as quais eles não seriam nada e saírem de La sem serem vistos parecia bastante complicado. Decidiram separar-se para cobrirem uma área maior.
Alfonso seguiu por um corredor, não fazia idéia do estava procurando. Será que Christopher estava tão confuso quanto ele, com relação ao que buscar? Duvidava muito, apesar de tudo que enfrentaram juntos, Christopher parecia ter nascido pra essa vida. Estava com tanta sede, que seus sentidos logo denunciaram a presença de “comida” vindo em sua direção. Entrou na primeira porta que viu, e sorriu ao ver que a sorte estava ao seu lado. O armário de limpeza. Vestiu o primeiro uniforme que viu e saiu. Logo sentiu o cheiro de humanos e se viu num encrenca quando se virou. Uma velha senhora o encarava com uma expressão severa no rosto, baixa, com os cabelos já grisalhos presos em um coque, e uma roupa que parecia e muito com o uniforme que estava vestindo a velha o analisou atentamente.
- Não esta longe de seu setor? –perguntou com aparente irritação na voz.
- Estou?... Ah sim! Estou. –idiota quase estrago o disfarce. –É... vim buscar umas coisas mas não as encontrei. –soltou o seu melhor sorriso, pelo menos uma coisa que aprendera bem em ser vampiro, era usar o charme e a atração incontestável sobre os humanos do sexo oposto. Essa era uma habilidade que todos de sua espécie possuíam, mas ele a dominava com maestria.
- bom... Sendo assim... –A velha olhou para o crachá que havia no uniforme de Alfonso e continuou. –Joe Deep ficarei feliz em acompanhá-lo até a cobertura. –comentou a velha querendo parecer sensual. Com uma voz rouca, que não negava a idade que tinha, entre quarenta e cinco a cinqüenta, calculou Alfonso, ela fazia cada vez mais perguntas, enquanto o levava até um elevador e apertava o botão do ultimo andar. Mas ela não parecia suspeitar de nada, totalmente encantada, presa ao magnetismo daquele sorriso fatal que ele lhe mostrava sempre que ela dava sinal de suspeitar de algo, como o fato de jamais tê-lo visto por lá. Ela o levou até uma enorme hall e concluiu.
- Sabe senhor Deep como sua superior, deveria puni-lo por vadiar em horário de trabalho, mas não o farei, termine de arrumar os escritórios e me procure. –ela entrou no elevador e antes que as portas se fechassem ela disse. –temos um assunto que tratar. –e piscou um olho. Alfonso sentiu um arrepio que lhe percorreu a espinha.
- Tarada!
Ele entrou em uma porta ao acaso e viu que se tratava de um escritório, estava totalmente bagunçado. Parecia que tinha ocorrido uma briga ou alguém chegara antes dele e bagunçara tudo. Pelo chão havia varias pastas de arquivos e fotos espalhadas. Examinou algumas sem muito interesse, e então descobriu o que estava procurando. Viu a foto e um dossiê de Aylana.
“Dulce, Christopher! Acho melhor virem aqui, creio que encontrei o que estávamos buscando!” A curta distancia a telepatia era a melhor opção para a comunicação, principalmente quando queriam ser inaudíveis para ao resto do mundo.
Dulce e Christopher chegaram em poucos segundos e adentraram no escritório indagando com a mirada.
“Ela esta aqui” Alfonso os olhava com expressão de assombro.
“Diga algo que ainda não sabemos” manifestou Christopher sem se deixar alterar pela noticia.
“A estão usando para retirarem veneno” ainda com expressão de incredulidade Alfonso entregou o papel de que havia tirado essa informação.
“ E pra que eles iriam querer isso?”
“ Não seja tola Dulce!” protestou Alfonso. “ Acaso já parou pra pensar no que eles podem fazer com uma amostra de DNA vampiro?”
“Alfonso esta certo” sem se deixar abalar Christopher jogou a pasta de documentos que segurava. “ temos que encontrá-la, agora mais do que nunca”
Alfonso seguiu a pasta que ainda se arrastava pelo chão com a mirada, descobrindo uma foto que ainda não tinha visto. Aproximou-se e a apanhou, todo o seu corpo se retesou ao ver a imagem.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 2 -parte 1


Olhou para janela ainda havia luz por trás das cortinas, não ia demorar até que todos acordassem, estava tão cansado, se não fossem esses malditos pesadelos e essa garota da qual nunca via seu rosto...
- Que garota?
- Sally! Boa noite pra você também. –disse com m sorriso no rosto tentando desconversar. Não se conformava que após tanto tempo sendo vampiro ainda não se acostumara com a idéia de estar sempre bloqueando seus pensamentos.
- Que garota? –perguntou Sally novamente, ignorando a inútil tentativa dele de mudar de assunto.
- É só um sonho, não é nada de mais. –Disse como se não houvesse importância, o que na verdade não tinha, mas quanto mais interesse demonstrasse por esse assunto,mais ela ia querer saber.
- Mas já parou pra pensar, que talvez não sejam apenas sonhos?
- A verdade é que não. –disse por fim, e pensando pela primeira vez no assunto.
- Claro que ele não ia pensar sobre isso. –disse Nighel entrando na sala acompanhado de Dulce e Christopher. –Ele é muito cabeça dura pra pensar em algo tão complexo. –O tom era brincadeira. –Eu já o avisei que esse tipo de sonhos repetitivos não é normal.
- Não estamos pra brincadeira Nighel. –censurou Dulce olhando severamente pra ele. –concordo que Alfonso deveria levar esses sonhos mais a sério, mas não agora.
- Dulce esta certa. –reafirmou Christopher, com um olhar gélido carregando todo o ambiente de tensão. –Temos problemas maiores pra enfrentar agora.
- Mas como vamos saber que problemas são esses, se vocês não nos contam. –protestou Alfonso.
Maite e Christian adentraram na sala atraindo a atenção de todos.
- Uma vampira foi seqüestrada por humanos. –Disse Christian. –Esse é nosso problema.
Alfonso tinha certeza que teria ficado pálido se pudesse. Como um humano pode raptar um vampiro? É absurdo. Eles o superam em força e velocidade. E a idéia de humanos saberem de sua existência era de igual aterradora.
- Mas como conseguiram? –ouviu-se perguntando.
- Não fazemos idéia. –respondeu Dulce inexpressiva. –Sally e eu fomos visitá-la e encontramos sua casa praticamente destruída e havia cheiro de pelo menos três humanos...
- E os rastreamos até aqui. –Concluiu Sally.
- Eu conheço a vampira? –Perguntou Nighel preocupado.
- Infelizmente todos a conhecemos. –falou Maite pela primeira vez. –É a Aylana.
Alfonso ficou petrificado. Aylana, uma primeiras amigas que Dulce lhe apresentou. Chegara a ter um romance com ela, mas não durou muito, pois ele ainda estava preso a outra mulher. Mas Aylana o amava e disse estar disposta a esperar até ele estar pronto para um novo relacionamento. E desde então nunca mais a viu. Todos estavam em silêncio, parecia que estavam lhe dando tempo para recuperar-se do choque da notícia. Por fim Christopher quebrou o silêncio.
- também descobrimos que eles trabalham pra uma poderosa organização.
- Qual? –perguntou Alfonso com evidente raiva estampada no rosto.
- ATHEMIS.
- Christopher e eu vamos invadir o prédio hoje a noite. –Avisou Dulce. –Queremos ver se descobrimos algo mais sobre o paradeiro dela e...
- Vou com vocês. –A interrompeu Alfonso. Se havia jeito de descobrir o paradeiro de Aylana, não ficaria sentado de braços cruzados. E se para ajudá-la teria que invadir um prédio cheio de humanos que provavelmente sabiam sobre sua existência, pois que assim fosse.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 1 -parte 3


Todos assentiram e seguiram caminho à casa de Maite, uma bela mansão nas proximidades do Central Park. Maite adquiriu uma imensa fortuna ao longo dos séculos, mas apesar de suas origens e de suas posses, mantinha um gosto simples, apesar de algumas vezes ela exagerar quando a palavra é conforto. Em todos os quartos tinham enormes camas com dosséis, o que para Alfonso era um enorme exagero, sem contar as banheiras que mais pareciam piscinas. Chegaram a casa já quase ao amanhecer, Alfonso entrou no primeiro quarto que encontrou e se jogou na cama assim como estava, pressentia que cansado como estava, este dia não ia ter forças nem mesmo para sonhar, mas errara.
Ela estava deitada no chão, ainda com uma venda nos olhos, mas não tinha mais forças, estava exausta, todo seu corpo doía e seu braço queimava como fogo. Ele estava lá a observando, mas dessa vez tinha mais alguém com ele. E pela primeira vez ela escutou suas vozes.
- como ela esta?
- fraca, mas consciente.
- ótimo.
Depois disso eles saíram e trancaram a porta, a lançando novamente num silêncio profundo. Entorpecida demais pra falar, e até mesmo pensar. Tentou dormir, com o rosto encostado no chão e seus braços presos as costas. A muito tempo já não sabia mais o que era dormir confortavelmente. Mas logo encontrou a paz do sono.
Alfonso abriu os olhos, esse malditos pesadelos! Olhou para o rádio-relógio que ficava no criado mudo ao lado de sua cama. Ainda eram quatro e meia, a cada dia dormia menos. Sentia-se exausto, tentou dormir mais pouco, mas não conseguiu pregar o olho, levantou-se e vagou pela casa, todas as cortinas estavam fechadas, tudo estava na mais completa penumbra, isso não era problema, pois ele enxergava perfeitamente bem no escuro.
Acomodou-se no sofá da sala e ligou a TV, estava com fome, ou melhor dizendo sede, mas teria que esperar o sol se pôr pra ir até sua casa. O que o fez lembrar que seu estoque de sangue já estava quase acabando, ia ter que fazer uma “visitinha” ao hospital mais próximo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 1 -parte 2


Mas uma coisa boa de tudo isso era que ia rever seus velhos amigos, Christopher e Christian. Eles eram um trio inseparável até Christopher se apaixonar pela estabanada de Dulce e ir viver com ela em Londres. E Christian acertou as coisas com Maite, rolo que durava a mais de três séculos. Maite é o mais próximo da realeza que tinham, filha de um imperador do Egito, ela é uma das vampira mais velhas e a mais fortes que se tem conhecimento. Poder que só é adquirido com a idade.
- Alfonso você ainda ta ai?
- sim! –respondeu saindo de seu devaneio.
- Ela quer que a esperemos no local de sempre, eu vou desligar, estou fora do estado, por isso vou demorar, desligando.
Nighel desligou antes que Alfonso pudesse perguntar a que horas eles vinham. Respirou fundo, sabia o local. Lago Seneca. Mas se Nighel já se dirigia pra lá então achou melhor fazer o mesmo. Pediu desculpa a seu chefe por sair mais cedo e caminhou, por ruas desertas, quando percebeu que não havia ninguém mais de testemunha, disparou em uma velocidade, imperceptível ao olho humano, com sorte chegaria lá antes que todos.
Como ele havia previsto quando chegou lá ainda não havia ninguém, por isso aproveitou o momento para admirar a beleza do lugar.
A lua estava em seu auge, banhando o lago como um manto de luz cor de prata, o céu estava limpo, e estrelas cintilavam no alto, longe da poluição, aquele lugar era um verdadeiro santuário. Há cinqüenta anos não via seus amigos, todos haviam seguido rumos diferentes e o grupo se dispersara, pra amenizar Maite inventou esses encontros e a cada cinqüenta anos eles se reencontravam.
- Ainda com seus devaneios Alfonso? –uma voz melodiosa falou, levando-o de volta a “terra”.
- Maite! –eles se abraçaram. Ele ainda lhe segurando as mãos a observava como se procurasse alguma mudança naquele belíssimo corpo perfeito que a morena possuía. Embora sabendo ser impossível. –você não mudou nada.
- Sempre galanteador Alfonso. –disse Christian se aproximando mais dos dois. –As vezes eu me pergunto quando vai achar uma parceira.
- Por certo! –Dulce se exaltou fazendo com que todos a olhassem, ela se aproximou de Alfonso. –Meu querido. –falou com uma voz que mostrava profunda decepção. –A minha amiga teve um problema de última hora e não pode vir, algo a ver com... –fez uma pausa querendo lembrar-se de algo. –bom! Já não lembro mais, o fato é que ela não veio, sinto tanto.
Alfonso respirou aliviado, finalmente ia aproveitar a companhia de seus amigos, sem as intervenções de Dulce. Mas ele tinha jurado que se ela não fosse a parceira de seu amigo já a teria matado, de novo.
“não você não teria”. Assustou-se ao ouvir a voz de Christopher em seus pensamentos, ficara tão feliz com a noticia de que não iria ficar cercado por uma vampira irritante que esquecera de bloquear a mente. Olhou para Dulce e percebeu que ela não o havia escutado. Por sorte ao que pareceu somente Christopher prestara atenção ao que pensara os outros estavam vendo o reencontro de Sally e Nighel. Eles realmente era um belo casal, quando não estão brigando.
“ noto-te abatido, ocorreu-lhe algo?” perguntou Maite em sua mente, apesar deles poderem ler os pensamentos de todos de sua espécie não gostava muito da idéia de ter alguém fuçando sua mente.
“não se preocupe, é passageiro” espero. Completou. Apesar deles poderem se comunicar mentalmente, com um pouco de treino, conseguiam manter seus pensamentos só para si. Já era o suficiente ter Nighel para preocupar-se com ele, ter Dulce, Maite e Sally lhe perturbando ia ser demasiado sufocante.
- e então minha adorada princesa. –Nighel fez uma referência a Maite, sabia que ela adorava que a tratassem assim. –como estais? -beijou-lhe as mãos sem tirar a vista dos penetrantes olhos negros da mulher.
- Nighel, Nighel, Nighel se não tomar cuidado. –advertiu Christian com ar de divertido rodeando a cintura de Maite com o braço. –Você acabará despedaçando o coração da sua doce Sally.
- Não se preocupe Christian desse ai! –olhando desafiadoramente para Nighel que agora a olhava esperando sua reação. –Desse eu não espero nada!
- Mas minha sangue-sugazinha. –indo em direção de Sally, que fingia estar com raiva.
- sabe que não gosto que me chame assim! –Nighel a prendeu em um abraço, enquanto a garota tentava se desvencilhar. Todos olhavam a cena divertidos, quando Alfonso nota algo diferente no semblante de Christopher.
“Algum problema?” dirigiu seus pensamentos para que somente Christopher o escutasse.
“nossa visita tem mais um propósito além do reencontro, estamos com sérios problemas amigo.” Alfonso enrijeceu. Para Christopher se preocupar com algo a coisa devia estar muito feia, e algo lhe dizia que ele não ia gostar nada, das noticias que estava prestes receber.
- Maite! –Christopher chamou a atenção. –que tal dizer-lhes logo o verdadeiro propósito de nossa visita? –Nesse instante todos se puseram sérios e se entreolharam.
- esta bem. –disse Maite, por fim, após um breve momento onde todos ficaram em silencio. –Mas vamos para minha casa, o sol logo nascerá, descansaremos e amanhã a noite falaremos tudo com calma.

sábado, 27 de junho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 1 -parte 1


Capitulo um

Estava frio, escuro, ninguém ouvia seus gritos, ninguém ouvia seu choro.
- Me ajude. –A garota clamava em vão. –por favor, me ajude. –A respiração era ofegante, entrecortada e sem forças.
De repente um barulho e a porta se abriu, passos se aproximando, o medo a dominava, o seu carcereiro estava cada vez mais perto, mas ela não o via. Seus olhos estavam vendados e seus pulsos amarrados. Aquela respiração asquerosa em seu rosto e uma forte dor na cabeça. Ele ia fazer de novo.
- NÃO!
Alfonso acordou assustado, há semanas vinha tendo os mesmos sonhos que não o deixavam dormir, desceu para a cozinha, sabia que a essa hora seu amigo ainda estava dormindo. Eram cinco e meia da tarde, Nighel nunca acordava antes do sol se pôr, nem ele, mas aqueles sonhos o atormentavam, todos os dias.
Quando o relógio badalou as seis, Nighel desceu e seguiu direto para a cozinha sabia que seu amigo estaria lá, esses sonhos já o estavam preocupando, mesmo em seu mundo, essas coisas não eram normais. E como esperava, lá estava Alfonso, com uma aparência horrível de quem não dormira nada.
- você têm que tentar esquecer isso. –aconselhou Nighel adentrando na cozinha, Alfonso se virou para vê-lo, sabia que ele o estava observando.
- sabe que não consigo. Vai se alimentar? –perguntou quando o viu colocar a jaqueta e se dirigir a porta dos fundos.
- sabe que prefiro sangue fresco a essas bolsas de sangue que você usa. –dito isso abriu a porta e saiu a penumbra da noite, atrás de uma vítima que o satisfizesse.
Nighel era um vampiro a moda antiga, pensou Alfonso com desgosto. Não gostava desse nome para definir a sua espécie. Dava a impressão de estar falando sobre aqueles personagens de HQ que eram brancos, com seus caninos aparecendo sempre que abriam suas malditas bocas, mordendo sempre virgens inocentes. Ao contrario deles Alfonso não tinha a pele pálida, talvez até precisasse sim de uma corzinha, mas a não ser que quisesse queimar até virar cinzas não ia se arriscar a sair ao sol. Sua pele possuía a mesma tonalidade que sempre tivera antes de ser quem é agora. Seus caninos também não eram maiores do que os de uma humano normal. E quanto a virgens inocentes... Bom não vou negar que essa idéia sempre me apareceu bem atraente, pensou, mas não. Ele não era assim.
A décadas abandonou o hábito de matar, sobrevivia com bolsas de sangue roubada de hospitais, ao Nighel isso causava repulsa, ele dizia que Alfonso renegava a espécie e sua superioridade perante os humanos. Mas Alfonso não gostava de ser o que era, sentia saudades de sair ao sol, se lhe tivessem dado escolha entre preferir morrer ou essa vida, a morte com toda certeza seria sua opção. Mas aqueles malditos... Seus pensamentos foram interrompidos pelo relógio que anunciava as seis e meia, hora de ir trabalhar pensou. Será melhor ocupar minha mente com outras coisas que não sejam o passado e aquele sonho.
Se arrumou e saiu, sentiu o ar frio de Nova Iorque bater em seu rosto, ele não sentia frio, mas era adorável aquela sensação, o inverno já estava próximo, ia caminhando pelas rua movimentadas da grande metrópole em direção a boate onde trabalhava como bar man o que lhe servira bem esse emprego, trabalhava durante toda a noite e dormia durante todo o dia. Outra coisa que Nighel não entendia, mas será que alguma vez ele se perguntou quem pagava o aluguel da casa? Não acho que não. Alfonso ainda estava rindo de sua piada quando chegou a boate.
Já estava quase na hora de ir quando seu celular tocou. Nighel. Claro, quem mais séria? Quem ligaria para alguém as quatro da manhã? Pegou o celular e atendeu.
- Maite e sua comitiva estão vindo pra cá. –disse uma voz animada do outro lado da linha. Maite e Cia. Significava que Sally estava vindo também, o amor de Nighel desde que ele ainda era humano, mas jamais tivera coragem de se declarar.
- Puxa que bom Nighel. –Disse tentando parecer tão animado quanto o amigo.
- Sim, mas você sabe que Dulce também esta vindo. –A gota de alegria que Alfonso sentia por rever os amigos se esvaiu.
Dulce era adorável, se perdesse aquela mania de lhe apresentar as suas amigas a ele, sempre que vinha ela trazia alguém para apresentá-lo. Uma vez se queixara com Maite sobre, trazer “cargas demais” ela apenas riu. Nunca chegou a pedir a própria Dulce para que parasse, pois sabia que isso ia magoá-la. Pelo menos dessa vez tinha o emprego como desculpa. Suspirou aliviado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Próxima web

Nossa já cheguei ao fim de mais uma webnovela!!! Mas a próxima ainda não terminei ela então não poderei postá-la diariamente como fazia com O medalhão. Essa nova webnovela é sobre vampiros. Eu realmente espero que tenham gostado de O medalhão e que também gostem de:
Sonhos de um anoitecer
bjs!
15° capitulo – O fim de uma maldição


Any: eu acabei com a maldição. Não se lembra da profecia? “Quando o escolhido, alguém de coração puro conseguir colher dos lábios pecaminosos uma prece, quando o amor vencer a morte, quando dos olhos puros brotarem uma lágrima, esta casa ficará para todo o sempre tranqüilo e a graça voltará ao Sowlar de mistewath”.
Richard: eu não entendo. –com a mão no coração que parecia estar a ponto de explodir.
Any: a profecia não mandava que um pecador rezasse. Você só precisa pedir algo que lhe dessem de coração, você estava certo, eu o amo e esse beijo eu ofereci a ele, por que tenho certeza que ele esta ai em algum lugar. Eu não cortei meus pulsos por diversão, só que provar que confio no meu amor assim ele venceu a morte. Veja. –ela mostrou-lhes os pulsos que não haviam nenhuma cicatriz. E as lagrimas que eu soltei. –ela então fica seria. –foi por que eu estava com medo de perder...
Foi quando Richard soltou um grito e any vira que o medalhão estava saindo de seu peito, ela o puxou rapidamente, enquanto o corpo de poncho ficou inerte no chão. Margot que estava ate agora insciente desperta e a ver com o medalhão na mão, com muito esforço ela fala.
Margot: quebre-o menina! Quebre-o!
Any: mas como? –ela estava muito nervosa, não sabia o que podia acontecer a seguir.
Margot: os rubis... Os rubis...
Any então começa a arrancar os quatro rubis que adornavam o medalhão, e uma luz forte saiu de dentro dele, ela o jogou pra longe, quando viu Nicolle, a mesma que havia matado seus amigos, mas dessa vez havia algo diferente nela, parecia estar mais serena.
Nicolle: obrigada any... Eu sinto muito pelo que fiz, mas o medalhão me controlava.
Any: ta tudo bem, eu sei que você não teve culpa. –ela estava muito emocionada. Atrás de Nicolle aparecem os verdadeiros Nowa, Sarah e Ludmila.
Ludmila: agradeço pelo que você fez nos libertou dessa prisão.
Nowa: agora finalmente poderemos ficar sempre juntos. –Segurando a mão de Sarah.
Nicolle: adeus any, e muito obrigada por tudo. –e todos desaparecem.
Any já chorava muito quando apareceu, uma mulher que lhe era familiar.
Any: mamãe!
Sophia: minha filha, estou tão orgulhosa pelo que você fez... –ela então desaparece assim como os outros, dando lugar a Chris e may.
Chris: minha amiga. –any ao vê-los desaba em lagrimas. –não chore, ficaremos bem.
May: queremos que jamais chorem por nós, por que nunca iremos embora, estaremos sempre com vocês.
Chris: sim minha amiga, sempre estaremos com todos vocês. –Margot que olhava tudo calada, decide falar.
Margot: você e seus amigos se lembrarão deles, mas eles jamais existiram para o resto do mundo. Todos que morreram nessa mansão serão esquecidos, será como se jamais tivessem existido.
Any: e meus pais? E eu? –ela estava preocupada.
Margot: seu pai não morreu aqui minha querida, por isso creio eu que ele esta no seu tempo, esperando a filha voltar do acampamento.
O coração de any encheu-se de esperanças, ela agora não estava mais sozinha no mundo, agora tinha o seu pai com ela.
Margot: precisamos ir, essa mansão não se sustentara mais agora que esta sem a magia do medalhão.
Any: mas e ele? –olhando o corpo de poncho que ainda estava deitado no chão.
Margot: ele esta bem. –ela estende a mão para a any, que a segura com força. –agora vamos. –any sente uma rajada de vento em seu corpo levá-la pra longe.
Tudo se escurece e quando ela volta a enxergar estava em pé, de volta a floresta com as mesmas roupas de antes. Ela olha para os lados a procura dos outros e os encontram desacordados no chão, ela vê varias roupas espalhadas, ela vê Jeanine correndo em sua direção e pega no colo. E quando olha bem percebe que todos estavam sem roupas. Todos acordam ao mesmo tempo e quando percebem que estão sem roupas, todos gritam e saem correndo pra trás de alguma moita.
Dulce: o que aconteceu com minhas roupas?! –any não parava de rir da situação.
Poncho: por que estamos todos sem roupas e você. –olhando pra any. –continua a mesma com a qual saímos daqui? –any ainda ria bastante.
Any: as minhas roupas não estavam possuídas por espíritos.
Ucker: any, sem gracinhas, me da minha roupa! –any deu a roupa de todos e enquanto se vestiam ela lhes contou tudo o que havia acontecido.
Eles voltaram para a trilha e perceberam que não estavam muito longe do resto do grupo. Poncho levou ate o verdadeiros destino deles.
Any: dul me promete uma coisa?
Dulce: claro o que any?
Any: jamais me deixa escolher o lugar das viagens de novo. -Poncho aproxima-se de dela.
Poncho: any... È verdade aquilo que você disse pra... Pra... Ai você sabe.
Any: e por que não seria? –ele a segura pela cintura e eles se beijam, Ucker e Dulce fazem o mesmo. Os quatro se aproximaram do rio e na outra margem estavam may e Chris, cumprindo a promessa deles de nunca abandoná-los. Eles se deram as mãos e mergulharam nas águas do rio, rumo ao esquecimento.


FIM

quarta-feira, 24 de junho de 2009

14° capitulo – Mudando o passado


Richard (poncho): mila o que você faz aqui? Estou te procurando por toda a casa. –any vira-se rapidamente tomada pelo susto e um calafrio percorreu sua espinha ao lembrar-se do que Margot havia dito.
Any: algum problema?
Richard (poncho): mila você sabe que a Nicolle esta doente, por favor, pelo menos vá vê-la por cinco minutos.
Any: tudo bem pon... Desculpe; Richard.
Richard (poncho): ainda com essa historia?
Any: eu já to indo vê-la tudo bem! –com a voz alterada.
Any caminha até o quarto de Nicolle bastante apreensiva, ela não negava que ainda temia a garota. Ela bate na porta, que se abre lentamente.
Sarah (Dulce): mila que bom que você veio visitá-la, ela ficara muito feliz em te ver. –any ainda estranhava ter que tratá-los com outros nomes, mas esta noite aquele pesadelo iria mudar. Ela entrou no quarto desconfiada. –mila vem deixe-me apresentar-lhes meu noivo, o marechal Nowa, você não se lembra dele, mas são grandes amigos.
Nowa (ucker): o que houve com ela? Ela não se lembra de mim?
Sarah (Dulce): na verdade de ninguém...
Até esse momento Nicolle que estava dormindo, desperta ao ouvir as vozes, e se sobressalta ao ver any no quarto.
Nicolle: mamãe! Você veio cuidar de mim!
Sarah (Dulce): dá um leve empurrão em any pra que ela se aproxime. Ela se aproxima lentamente da cama, sentando ao lado da garota e força algumas palavras.
Any: como... –ela respira profundamente, tentando se acalmar. –como você ta?
Nicolle: melhor mamãe, agora que a senhora ta aqui comigo. A tia Sarah me disse que você não estava podendo vir aqui. –com a voz triste, ela abaixa a cabeça.
Any: mas... Eu estou aqui. –ela força um sorriso.
Nicolle: sim! –ela pula nos braços de any, dando-lhe um forte abraço.
Sarah (Dulce): bom, Nicolle nós já vamos, sua mãe vai ficar um pouco aqui com você.
Após a saída deles any e Nicolle ficaram conversando, no começo ela sentiu-se um pouco nervosa, mas logo o sorriso daquela garotinha tinha lhe tirando seus receios, ela a via agora tão frágil e inocente. Any passara o dia lá, e não percebera que já era noite, quando Richard (poncho) entrou no quarto. Empunhava o medalhão em uma das mãos, entrara com o sorriso nefasto no rosto, com a pele lívida, estava completamente diferente daquele que any vira mais cedo.
Richard: minha querida filha Nicolle. –ele caminha em direção a ela. Any percebendo que ele iria matá-la tenta impedi-lo, mas ele com um simples pensamento a empurra contra a parede. –cuido de você depois, primeiro preciso de sangue puro. –a garota parecia estar hipnotizada, ele segura o pescoço dela fazendo um corte para o sangue pudesse escorrer lentamente no medalhão. Então ele se dirige para any, que ainda estava presa contra a parede. –Milla minha doce e querida esposa.
Sarah (Dulce) e Nowa (ucker) entram no quarto. Richard (poncho) vira-se para eles rapidamente e tenta lhes jogar uma maldição, quando uma barreira de luz aparece entre eles, era Margot que viera ajudá-los.
Margot: eu o ignorei uma vez e dezenas de pessoas morreram, não vou permitir que esse erro volte a acontecer.
Richard (poncho): saia do meu caminho velha moribunda! Você já esta franca, não tem mais poderes para me deter! –ele ria de sua vitoria e segurou o pescoço de any com força, querendo enforcá-la, enquanto que o medalhão continuava a banhar-se no sangue de Nicolle.
Margot: não vou deixar a historia se repetir! –Margot faz um rápido movimento com as mãos e de repente vez um circulo, se abrindo no meio do cômodo, dentro dele podia se o mesmo quarto só que mais velho, ela grita pra Dulce e ucker. –vão logo entrem! –ele joga Richard para longe, livrando any. –vamos querida! Isso não vai deter-lo por muito tempo! –any o olha e se recusa.
Any: não posso deixá-lo! É meu amigo, e Nicolle...
Margot: eles já estão mortos! Se você não vier comigo nada disso valera, ele te matara e criara a verteil teseele. –do outro lado do portal via-se ucker e Dulce que já haviam voltado ao normal e agora suplicavam pra que any viesse logo.
Richard recuperou suas forças e atingiu Margot, e o portal se fechou, ele aproximou-se de any.
Richard: fostes tola em não ter ido. –ele fica bem perto dela, ela nega com a cabeça com ar de vitoriosa.
Any: não! –lagrimas inundaram seus olhos. –nesse momento eu entendi.
Richard: estas louca!
Any: poncho, eu sei que você ainda esta ai, e eu não vou sem você!
Richard: ele já morreu! Custa pra você entender isto! –quando de repente ele abre um sorriso em seu rosto. –o ama! Como não percebi isso? Você o ama! –aproximando-se cada vez mais dela.
Any: darei-te o que você quer... Ê meu sangue que deseja? –ele a olhava sem entender. Ela aproximou-se da janela, quebrando-a e apanhando um caco de vidro. - Pois será isso que você terá! –ela corta os pulsos e estende os braços na direção dele. Ele ainda não entendia por que a entrega dela, lambeu o sangue que escorria, enquanto ela ficava cada vez mais fraca.
Eles ficam cada vez mais perto um do outro, até any sentir a respiração ofegante dele, ele a olhou com profundo desejo. Ele solta um murmúrio em seu ouvido.
Richard: beije-me... –ordenou ele e assim ela o fez. Quando suas bocas se tocaram, Richard sentiu uma terrível dor no coração, afastou-se rapidamente dela. O encanto que prendia Nicolle havia cessado, e em seu peito ele sentiu uma dor imensa parecia que algo queria sair de dentro. –o que você fez comigo?!

terça-feira, 23 de junho de 2009

13° capitulo – Verteil teseele
Any: quem é a senhora? –ela estava com medo, mas talvez a aquela senhora a conhecesse.
E como se lesse seus pensamentos à velha senhora falou:
Senhora: sim minha querida, eu te conheço, mas não desse mundo. Venha, aproxime-se. –ela fez um gesto com as mãos para que any senta-se em uma cadeira ao lado. –me chamo Margot.
Any sentou-se na cadeira ainda desconfiada, e continuou em silencio.
Margot: eu achei que você conseguiria distinguir esse mundo, mas pelo que vejo, ele esta te absorvendo.
Any: então... Não foi um sonho! –Margot balançou a cabeça negativamente. –mas... Como é possível?
Margot: você não esta fazendo a pergunta correta.
Any: mas então... Por que isso aconteceu?
Margot: isso... Essa é a pergunta certa, por algum motivo minha criança, o medalhão resolveu te trazer pra aqui...
Any: mas onde é aqui? –any interrompeu Margot bruscamente, esta a olhou com reprovação pelo que havia feito, mas respondeu a pergunta.
Margot: aqui é o passado... Como eu estava dizendo antes de ser interrompida, por alguma razão o medalhão te trousse para o passado, para a época em que tudo começou.
Any: mas por quê? –ela coloca mão no rosto em sinal de desespero.
Margot: é muito impaciente minha jovem, quero lhe contar uma historia e espero não ser interrompida. –Margot a olhou friamente que fez any sentir calafrios na espinha.
Any: sinto muito. Prometo não interromper.
Margot: Richard era meu aluno. –ela olhou para o fogo que ainda estalava com muita intensidade. –eu o ensinava magia, não era negra, mas foi um erro não perceber que era esse o tipo que ele realmente queria aprender. Depois de um tempo ele me veio com uma historia de verteil teseele.
Any: e o que é isso? –ela tentou se conter mas não conseguiu.
Margot: ai... –ela respirou profundamente mediante a intromissão da garota. –é o nome que se da para o objeto em que a pessoa escondeu parte da própria alma. Divide a alma e esconde uma metade dela em um objeto externo ao corpo. Então, mesmo que seu corpo seja atacado ou destruído, a pessoa não poderá morrer, porque parte de sua alma continuará presa a terra. Isso é digamos alcançar a imortalidade. Mas não é tão simples fragmentar a alma. Isso só é possível através da suprema maldade. Matando alguém. Isso rompe a alma e se usa essa ruptura para criar uma verteil teseele. Fui uma tola em não perceber o que ele realmente queria.
Any: então ele matou alguém? –any estava abismada. –e quem... Quem ele matou?
Margot: a esposa e a filha... –Margot baixou a cabeça em sinal de tristeza.
Any: mas e meus amigos?
Margot: any a historia esta para se repetir. Se você não fizer algo todos morrerão aqui.
Any: o que! Eu...
Margot: ele planeja matar você e a filha esta noite.
Any: mas o que eu vou fazer não tem como fugir... –ela já estava desesperada. Cobriu o rosto com as mãos. –e como eu vou fazer para deter el... –tarde de mais Margot já havia sumido assim como aparecera, e a lareira havia se apagado. Any submerge em seus pensamentos quando é interrompida.
12° capitulo – entre realidade e devaneio

Any acorda sentindo uma forte dor no peito, seus olhos percorrem o cômodo, já não estava mais no porão, o lugar estava iluminado pela luz do sol, parecia estar calmo. Ela acha o local familiar, mas tinha algo diferente, mas se dá conta de que está de volta ao mesmo quarto da mansão, o que encontrara o medalhão. Ela se lembra do que aconteceu e com o susto levanta-se rapidamente ficando sentada na cama, ela então percebe que esta com roupas diferentes. Ela estava usando um vestido vinho com um decote quadrado baixo com a saia rodada sobre as anáguas. Ela se vira e vê Poncho dormindo na cadeira ao lado, mas ele também não estava com as roupas de antes desta vez ele estava com muitas roupas sobrepostas, usava uma camisa de linho sobre a qual vestia um gibão e sobre ele usava uma jaqueta que vinha ate o quadril com um calção curto e brifante, costurados a meias justa.
Any: o que está acontecendo aqui? –Sem entender o que havia passado.
É quando poncho finalmente acorda e a olha feliz.
Poncho: meu amor! Finalmente você acordou! –Ele levantou-se rapidamente e a abraçou. –por um momento pensei que havia te perdido.
Nicolle entra correndo dentro do quarto, segurando uma boneca, ela estava bem diferente da que any vira há horas atrás. Estava com um lindo vestido de renda, com os cabelos presos em um rabo de cavalo com uma fita. Ela para bruscamente e olha any sentada na cama a olhando abismada, Nicolle sobe rapidamente na cama e a abraça any com emoção.
Nicolle: mamãe! Que bom que a senhora ta melhor. Ah mamãe!
Any se assusta e a empurra com força, ela corre em direção a porta e grita.
Any: o que vocês estão querendo? Enlouquecer-me!
Poncho: Ludmila calma. –fazendo sinal com as mãos. –sou eu, Richard e a sua filha Nicolle. –apontando pra garota que estava bastante assustada.
Any: eu não sou Ludmila! –ela já estava em prantos. –eu me chamo any! Any!
Ela sai correndo do quarto, sente-se perdida e desorientada, vaga pelos corredores sem rumo até que encontra um rosto familiar.
Any: Dulce! –ela a aborda com profundo desespero. –Que bom eu te encontrei, esta casa esta louca!
Dulce: Ludmila que bom que você já está de pé, sente-se melhor?
Any: dul você também não me reconhece?
Dulce: mila sou eu... A Sarah, não se lembra de mim?
Any: não! Deixem-me em paz todos vocês! –ela gritava desesperada. Saiu correndo pelos corredores até que achou a saída da casa, ao abrir a porta ela leva um choque. –mas o que é isso? Onde eu estou? –ela se depara com uma cidade, vê pessoas trabalhando, cuidando de suas vidas, algumas crianças que brincavam. De repente tudo ficou escuro e ela não sentiu mais nada. Quando acordou havia voltado para o quarto e novamente Richard (poncho) estava do seu lado.
Richard (poncho): mila não dá mais esse susto na gente. –ele senta-se na cama e segura a mão dela. –você ainda esta muito fraca pra se levantar.
Any: o que aconteceu?
Richard (poncho): você caiu da escada. É normal eu acho que com a pancada na cabeça você não se lembre de nós.
Any: mas eu... –colocando a mão na cabeça, sentia uma forte dor. –me lembro de tanta coisa...
Richard (poncho): foi só um sonho. Eu vou deixá-la descansar. –ele lhe um beijo na testa e sai do quarto.
Os dias foram se passando e any estava cada diz mais confusa, como ela se lembrava de toda uma vida de um sonho, mas não lembrava nada dessa ela agora vivia.
Any: talvez tenha sido só um sonho. –repetia ela, pra si mesma.
Estava passeando pela casa quando viu uma sala com a porta entre aberta, o fogo crepitava na lareira em pleno o verão, havia uma cadeira de balanço que oscilava em frente à lareira, mas não havia ninguém lá.
Any: eu só posso ta ficando louca. –quando já ia saindo, ouviu uma canção de acalento, com uma voz rouca, que falava com um pouco de dificuldade. Ela virou-se rapidamente para ver quem estava cantando. Agora na mesma cadeira havia uma velha senhora que estava com vestes grossas, parecia estar com frio, o que realmente era estranho, pois o dia estava quente. A senhora estava perdida em sua cantoria quando percebeu a presença de any e disse com candura.
Senhora: você não esta louca minha criança.
11° capitulo – Nem tudo é o que parece



Any ergue o rosto para ver quem era o homem que Nicolle chamara de papai.
Any: não pode ser! Poncho! –agora ela já não entendia mais nada, primeiro ucker e dul do lado da fantasminha e agora poncho era o pai dela.
Poncho soltou Nicolle e virou para any.
Poncho: ora any você ainda não entendeu? Realmente, pensei que você fosse mais esperta, confesso que estou decepcionado.
Nicolle: já chega de bate-papo! Já tivemos muito disso enquanto esperávamos por você! Vamos logo com isso!
Poncho: desculpe mi lady mas tive um pequeno problema com esse corpo. Apontando para si próprio, ele estava vestindo a roupa de boticário que o verdadeiro poncho ignorara mais cedo.
Nicolle: ta... Ta... Ta... Vamos logo! Mate-a!
Poncho: para que a pressa? Dizendo calmamente.
Nicolle: é fácil pra você falar já está em um corpo! Quando o sangue da escolhida tocar no medalhão eu finalmente voltarei a vida.
Any: você acha que eu sou a escolhida só por que eu revivi? Falando com um tom de chacota.
Nicolle: bom não custa nada tentar. Ela riu rapidamente e continuou. –já enrolamos de mais! Vamos logo com isso!
Poncho a obedeceu pegou um punhal, possuía um cabo em marfim e sua lâmina em aço parecia estar bem conservada. Ele ergue os braços segurando o punhal com as duas mãos em frente à any. Esta sentia um gélido em seu coração, tremia dos pés a cabeça. Depois de tudo o que passou não podia acreditar que ia morrer daquele jeito, seus pulsos doíam, pois as algemas já os havia ferido, ela fecha os olhos para não ver que a morte estava lá ao seu lado, esperando-a. Quando o pai de Nicolle fora cravar-lhe o punhal, Poncho recupera o controle de um braço, ele tenta expulsar aquele espírito de seu corpo, mas ele parecia pertencer a ele.
Poncho (pai de Nicolle): o que você pretende fazer pra me parar?
Poncho: isso!
Any: NÃO!
Ele enfia o punhal na barriga perfurando o estômago, e em um último esforço o espectro arranca o medalhão do pescoço e perfura o coração de any. Esta sente uma enorme dor arrebatando-a, em um reflexo ela se ergue para trás e uma lágrima de dor escorre em sua face. O medalhão fincado em seu peito começa a emanar uma luz branca, tão radiante e forte que em segundos não se consegue enxergar mais nada, e toma conta de todo o cômodo.