segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O natal de Anahí - V

—Você ficou louca! –Dulce entrou na cozinha como um furacão, fazendo a cabeça de Anahí latejar com força igual. –Se queria arruinar tudo, então porque não tacou fogo?!
—Também não exagere Dulce. –Christopher tentou acalmá-la.
­—Nao exagerar?! Nós estamos falando da garota que fez respiração boca a boca em um guaxinim! E ele já estava morto! Como permitiu que ela fosse comprar os enfeites? Você tem noção que os enfeites tem que se harmonicos e combinar com a decoração do restaurante e que...? Onde está Alfonso? –Ela parou. Olhando para todos os lados como se esperasse vê-lo escondido em algum canto.
—Certo. –Anahí disse tentando organizar as ideias ainda embrulhadas na cabeça. –Não podemos mais fazer nada a respeito disso. Um problema por vez. Alfonso foi embora e cuidaremos de Leslie quando ela aparecer. Agora, será que dá para vocês pararem de rodar? Ta me deixando enjoada.
Leslie não demorou muito a chegar, entrou no restaurante puxando com muito esforço, não um pinheiro e os enfeites natalinos que todos esperavam, mas um coqueiro.
Vocês não vão acreditar. –Ela disse quando viu que todos estavam olhando para ela paralisados. –Eu vi as arvores que você queria Dulce, mas estavam muito caras e a Anahí disse para eu procurar umas baratinhas, sabe economizar. Ao menos foi o que eu acho que ela quis dizer quando ficou em choque quando eu pedi dinheiro. –Ela abriu um sorriso enorme. –Enfim, ai eu vi esses coqueiros e o homem que tava lá disse que me vendia os quatro coqueiros anão por 100 reais. Não é incrível?! –Ela quase quicava de tanta emoção.
Você... –Chris estava rindo histericamente. –Comprou quatro coqueiros ao invés de um pinheiro?
Coqueiro anão. –Completou Leslie. O sorriso desenhado em seu rosto de uma ponta a outra, numa versão humana do Bob Esponja.
É, foi divertido enfeitar o restaurante. –Dulce disse indiferente. –Agora vamos desarrumar logo.
—Eu a tolharia. –Começou Rachel, sentando-se. –Mas estaria quebrando meu juramento de não me intervir nas crenças dos néscios.
­—Sempre preciso de um dicionário quando essa garota abre a boca. Tradução por favor.
—Quis dizer. –Rachel falou ofendida. –Que antes de impedi-la de comprar um coqueiro, me perguntei: porque não? Afinal, o pinheiro é só mais uma lenda babilônica sobre um pinheiro que renasceu de um tronco morto. Então que diferença faz, se for um coqueiro?
—A diferença. –Anahí tentava manter a calma a todo custo. O telefone do restaurante começou a tocar, mas ninguem deu ouvidos. –É que as pessoas, ao entrarem por aquela porta esperam ver um pinheiro enfeitado com bolas e pisca pisca e diversos enfeites na parede e não um coqueiro com côcos!
­—Ah, mas esses coqueiros não tem côco. –Leslie disse.
—NÃO ME INTERESSA! –A paciencia de Anahí finalmente es esgotara. –E alguém antenda a droga desse telefone! –Gritou quando já não conseguia ignorar as chamadas insistentes.
Christopher foi antender enquanto Anahí se derrubava em uma cadeira, pensando em como contornar aquela situação. Sua irmã chegaria no domingo em menos de... ela olhou pro relogio, em menos de 17 horas e não tinha nada pronto, ao contrario, tudo o que Maite iria encontrar era mais preocupações e confusões que ela arranjara.