domingo, 5 de julho de 2009

Sonhos de um anoitecer - capitulo 2 -parte 2


Dulce, Christopher e Alfonso pararam nos fundos do edifício da Athemis, tudo que teriam de fazer era arrombar a porta, percorrer todo o prédio, encontrar algo interessante e irem embora. Em tese parecia tão fácil, pensou Alfonso, pena que a relidade era diferente. Três vampiros entrando em um prédio cheio de humanos, câmeras de segurança e inúmeras parafernálias eletrônicas sem as quais eles não seriam nada e saírem de La sem serem vistos parecia bastante complicado. Decidiram separar-se para cobrirem uma área maior.
Alfonso seguiu por um corredor, não fazia idéia do estava procurando. Será que Christopher estava tão confuso quanto ele, com relação ao que buscar? Duvidava muito, apesar de tudo que enfrentaram juntos, Christopher parecia ter nascido pra essa vida. Estava com tanta sede, que seus sentidos logo denunciaram a presença de “comida” vindo em sua direção. Entrou na primeira porta que viu, e sorriu ao ver que a sorte estava ao seu lado. O armário de limpeza. Vestiu o primeiro uniforme que viu e saiu. Logo sentiu o cheiro de humanos e se viu num encrenca quando se virou. Uma velha senhora o encarava com uma expressão severa no rosto, baixa, com os cabelos já grisalhos presos em um coque, e uma roupa que parecia e muito com o uniforme que estava vestindo a velha o analisou atentamente.
- Não esta longe de seu setor? –perguntou com aparente irritação na voz.
- Estou?... Ah sim! Estou. –idiota quase estrago o disfarce. –É... vim buscar umas coisas mas não as encontrei. –soltou o seu melhor sorriso, pelo menos uma coisa que aprendera bem em ser vampiro, era usar o charme e a atração incontestável sobre os humanos do sexo oposto. Essa era uma habilidade que todos de sua espécie possuíam, mas ele a dominava com maestria.
- bom... Sendo assim... –A velha olhou para o crachá que havia no uniforme de Alfonso e continuou. –Joe Deep ficarei feliz em acompanhá-lo até a cobertura. –comentou a velha querendo parecer sensual. Com uma voz rouca, que não negava a idade que tinha, entre quarenta e cinco a cinqüenta, calculou Alfonso, ela fazia cada vez mais perguntas, enquanto o levava até um elevador e apertava o botão do ultimo andar. Mas ela não parecia suspeitar de nada, totalmente encantada, presa ao magnetismo daquele sorriso fatal que ele lhe mostrava sempre que ela dava sinal de suspeitar de algo, como o fato de jamais tê-lo visto por lá. Ela o levou até uma enorme hall e concluiu.
- Sabe senhor Deep como sua superior, deveria puni-lo por vadiar em horário de trabalho, mas não o farei, termine de arrumar os escritórios e me procure. –ela entrou no elevador e antes que as portas se fechassem ela disse. –temos um assunto que tratar. –e piscou um olho. Alfonso sentiu um arrepio que lhe percorreu a espinha.
- Tarada!
Ele entrou em uma porta ao acaso e viu que se tratava de um escritório, estava totalmente bagunçado. Parecia que tinha ocorrido uma briga ou alguém chegara antes dele e bagunçara tudo. Pelo chão havia varias pastas de arquivos e fotos espalhadas. Examinou algumas sem muito interesse, e então descobriu o que estava procurando. Viu a foto e um dossiê de Aylana.
“Dulce, Christopher! Acho melhor virem aqui, creio que encontrei o que estávamos buscando!” A curta distancia a telepatia era a melhor opção para a comunicação, principalmente quando queriam ser inaudíveis para ao resto do mundo.
Dulce e Christopher chegaram em poucos segundos e adentraram no escritório indagando com a mirada.
“Ela esta aqui” Alfonso os olhava com expressão de assombro.
“Diga algo que ainda não sabemos” manifestou Christopher sem se deixar alterar pela noticia.
“A estão usando para retirarem veneno” ainda com expressão de incredulidade Alfonso entregou o papel de que havia tirado essa informação.
“ E pra que eles iriam querer isso?”
“ Não seja tola Dulce!” protestou Alfonso. “ Acaso já parou pra pensar no que eles podem fazer com uma amostra de DNA vampiro?”
“Alfonso esta certo” sem se deixar abalar Christopher jogou a pasta de documentos que segurava. “ temos que encontrá-la, agora mais do que nunca”
Alfonso seguiu a pasta que ainda se arrastava pelo chão com a mirada, descobrindo uma foto que ainda não tinha visto. Aproximou-se e a apanhou, todo o seu corpo se retesou ao ver a imagem.