segunda-feira, 23 de julho de 2012

S.O.S. - Sexo e Outros Segredos


Capitulo 6 - Cara ou coroa? - Dul - parte 1



Dul: O que faz aqui? –Perguntei realmente curiosa. Eu sabia que Any e Ucker se conheciam, mas não ao ponto de ele visitá-la. E bem no meio dessa Algazarra.
Ucker: Acreditaria se eu dissesse que vim atrás de você. –Ele coroou a frase com um sorriso lindo que por um momento esqueci como respirar.
Dul: Incrível mas sim. –Nota o convencimento na minha voz. Eu num me caio em mim de tanta felicidade.
Ucker: Por que não vamos pra um lugar mais... Calmo. –Demorou!
Concordei com um aceno de cabeça, descemos pra rua e na frente do prédio estava estacionado um carro que eu não tinha nem palavras pra descrevê-lo.
Dul: Que carro é esse? –Perguntei olhando pro possante vermelho.
Ucker: É um Porsche Boxster. –Ele deu de ombros, como se não fosse nada de mais dirigir um carro cujo valor era o triplo do meu salário anual.
Ele dirigiu em silencio, eu não sabia pra onde estávamos indo, mas a verdade é que isso nem me importava. Porque seja lá pra onde formos eu tinha absoluta certeza de como essa noite ia acabar. Ucker me levou a seu apartamento; uma cobertura luxuosa no bairro nobre da cidade.
Dul: Se você tem isso. –Gesticulei para o apartamento. –Por que você é sócio de um sex shop?
Ucker: Hobby.
Ele se afastou e foi em direção do bar, preparar um drinque eu me sentei no sofá e fiquei observando ele.
Dul: É verdade o que Any me falou... Sobre você? –Eu tinha que perguntar, não podia entrar de cabeça em um jogo sem conhecer as regras.
Ele se virou pra mim com um sorriso estampado no rosto, me entregou  a bebida e ficou em pé a minha frente.
Ucker: Isso depende. O que foi que ela disse?
Dul: Ah... Você sabe... –Eu hesitei de repente isso me parecia mais idiota do que quando Any me disse. –Chicote... Couro preto... Amarrada na Cama. –Eu sabia isso saiu bem mais idiota na minha voz.
E seu sorriso se transformou em uma gargalhada. Pude sentir meu rosto vermelho de vergonha, por que eu tinha que dar ouvido a Any? Ela vivia me chamando de “desbocada”, mas na minha opinião ela era pior do que eu.
Ucker: Any exagerou um pouco.
Dul: Nada de chicote?
Ucker: Não, Claro a não ser que você queira. –Não obrigada.
Ucker: Dul, se você está com medo...
Dul: Não! –Eu o interrompi. Rápido de mais. Ele sorriu compreendendo.
Ucker: Vamos fazer uma aposta.
Dul: Que tipo de aposta? –Eu não muita sorte com essas coisas, por isso hesitei.
Ucker: Do tipo que você não pode perder. –Ele estendeu a mão para mim e eu a segurei. Me levantei do sofá. E ficamos bem próximos um do outro.
Dul: Não existe aposta impossível de perder.
Ele se aproximou mais de modo que nossos narizes quase se tocasse.
Ucker: Você nunca jogou comigo, Dulce Maria. O segredo para que eu vença é que faço minhas próprias regras. Agora, está disposta a aceitar o desafio e jogar comigo, ou devemos fazer da maneira previsível?
Dul: Nunca me chamaram de previsível. –Me ergui pra beijá-lo, mas ele se afastou e me levou pra seu quarto.
Ucker: Já ouviu falar de 24/7?
Dul: É uma abreviação pra “24 horas por dia e 7 dias por semana”, mas isso o que tem a ver?
Ucker: É um jogo.
Ele foi até o criado mudo do lado da cama e pegou algo La de dentro. Eu fiquei parada no mesmo lugar que ele me deixou. Exatamente no meio do quarto. Eu não era nenhuma virgem em sua primeira vez, mas essa experiência era completamente nova pra mim. Ele se aproximou de mim ainda segurando algo na mão.
Ucker: 24/7 é um termo usado no meio SM para designar as relações de servidão, submissão, dominação e/ou escravidão entre parceiros, vinte e quatro horas por dias sete dias por semana. –Wou! Pesado.
Dul: Deixa eu adivinhar, eu seria a escrava e você o mestre?
Ucker: Na verdade eu sou mais justo. –Ele abriu o saquinho que tinha tirado de dentro do criado mudo e o virou na mão.
Dul: Vamos tirar a sorte na moeda?
Ucker brindou com a moeda ainda não mão dele, acariciado-lhe a pele sensível.
Ucker: É algo justo considerando a lei da probabilidade.
Eu peguei a moeda e vi que ela não era nada convencional. De um lado da moeda, a imagem da mão de um homem acariciando o bumbum de uma mulher estava gravado em ouro. Do outro lado, um pênis ereto prestes a penetrar uma mulher.
Ucker: Para nossos objetivos, proponho que primeiro joguemos a moeda pra determinar quem faz o papel de escravo no nosso cenário de hoje. Peço cara.
Dul: Certo, eu sou cara.