Capitulo 4 – E os problemas batem
a porta - Any Parte I
A semana passou
relativamente calma, com exceção da may ter pedido o divorcio a Derek e se
tornando uma ermitã se enclausurando em seu próprio apartamento. Dul, Chris e
eu fomos visitá-la, mas nossa recepção não foi das mais calorosas. Ela
abriu a porta ofegando como se tivesse corrido uma maratona, os olhos
flamejando de raiva e segurando uma tesoura. Pra nossa própria segurança
decidimos esperar a raiva dela passar antes de pensar em voltar a visitá-la.
Fora esse
pequeno ocorrido, passei toda a semana pregada ao telefone esperando Alfonso me
ligar. Quando um homem diz: “Te ligarei amanhã.” Ele na verdade está
querendo dizer: “Não esquenta, talvez semana que vem eu te ligue ou no mês
que vem, quem sabe.”
Essa manhã a
certeza de que ele não ia mais ligar me invadiu e eu decidi ficar na cama até
mais tarde pensando como uma adolescente no que teria acontecido se ele
tivesse me ligado. Resultado, já passava do meio dia quando decidi me levantar,
estava com tanta preguiça que desisti de preparar o almoço e acabei me
decidindo por uma tigela de cereal. Me estatelei no sofá me preparando pra uma
sessão de filmes de mal gosto da TNT, quando o telefone tocou, não preciso
dizer que a tigela caiu no chão estragando meu carpete. Atendi o telefone no
segundo toque.
Any: Alô?
Alfonso: Any?
–Quem mais seria?
Any: Alfonso,
nossa que surpresa! Não esperava sua ligação. –Mentirosa.
Alfonso: Eu
disse que te ligaria. Não lembra? –Claro que lembro, mas isso já faz sete dias,
treze horas e cinqüenta e quatro minutos, mas afinal quem está contando?
Any: sim, me
lembro. –Mas nem morta eu admitiria que estraguei minhas unhas de 100 reais
roendo de tanta ansiedade esperando pela boa vontade dele me ligar.
Alfonso: Então
Any estava pensando se você não podia sair pra nos encontrarmos? –Claro! Minha
casa ou a sua?
Any: Eu não
sei... –Hesitei. Afinal tenho que me fazer de difícil. –Por que você não vem
pra cá? Acabei de acordar e não estou com muita vontade sair. –Ta certo eu sei
que isso não é ser difícil, mas poxa! Eu to falando de Alfonso Herrera! Isso
conta pra alguma coisa não é?
Alfonso: Tudo
bem, logo estarei ai.
Any: Espera!
Desligou! Ora, mas como ele vai vim pra cá se nem sabe onde eu moro? Coloquei o
telefone no gancho e alguém bateu na porta. Bela hora pra alguém me visitar.
Fala sério! Baguncei mais meu cabelo, ele já estava parecendo uma vassoura e
agora ficou pior e com o meu pijama de flanela que se não me engano tinha uns
buraquinhos em algum lugar, ia dar a impressão de que tinham me acordado e se
tiver um pouco de educação vai embora. Abri a porta e minha única reação foi
esperar que um buraco se abrisse aos meus pés e me tragasse. Alfonso riu quando
me viu.
Alfonso: Você
esta muito...
Any: Não
precisa me dizer nada. –Por que isso só acontece comigo? –Como você soube onde
eu morava?
Um sorriso
ainda brincava em seu rosto, quando ele entrou e se sentou no sofá. Olhou
rapidamente a tigela de cereal virada e o leite empapando meu carpete e voltou
à atenção pra mim.
Alfonso: Pedi
seu endereço ao Chris, disse ao porteiro que era seu namorado e te liguei do
corredor em frente a sua porta.
Any: Algo me
diz que eu devia estar com raiva, mas não estou. –Ele ergueu uma mão me
chamando, eu a segurei e ele puxou pra mais perto e eu me sentei em seu colo.
Eu realmente só o conheço a uma semana? E quem liga pro tempo?!
Ele me puxou
pra um beijo. Sonhei com isso desde que o vi pela primeira vez e nem de longe
minha imaginação fez jus a perfeição do momento. Suas mãos percorriam por todo
o meu corpo e agora tocavam o meu seio nu por baixo da camisa do pijama.
Epa.
Rápido demais.
Ah! Quer saber?
Que se danem o mundo e seus preceitos! Eu só quero é curtir... E ter uma boa
transa com ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário